A formação técnico-profissional
A formação técnico-profissional é um assunto que está na agenda de muitos governos do mundo, que entendem que aquele ramo de ensino pode contribuir grandemente para a redução da taxa de desemprego entre os jovens .
Há governos que têm canalizado verbas consideráveis para o ensino técnico-profissional, porque acreditam que os jovens que a ele aderirem podem ter mais oportunidades de conseguirem o primeiro emprego. Hoje é normal o debate à volta do ensino técnico-profissional, que tem atraído muitos jovens, que por várias razões, não podem ir às universidades .
Na verdade, podem-se obter competências no ensino técnico-profissional de que as empresas precisam. A abordagem do ensino técnico-profissional tem estado centrada nas oportunidades que a formação neste ramo do ensino pode dar aos jovens para conseguirem o primeiro emprego. Trata-se de um ensino virado para a reais necessidades das empresas em termos de mão-de-obra. Percebeu-se em vários países que não basta apenas formar em universidades, quando há um espaço, em termos de oportunidades de emprego, que os jovens formados no ensino técnico-profissional podem aproveitar, no interesse das empresas privadas, da economia e das famílias.
Em Angola há uma experiência positiva ao nível da formação técnico-profissional. Muitas centenas de jovens já se formaram em centros de formação profissional do país, estando a trabalhar em empresas, algumas delas de grande dimensão.
É necessário que se aumente no país o número de centro de formação técnico-profissional, tendo em conta que nos próximos anos vão surgir muitas pequenas e médias empresas, a julgar pelos incentivos que se prevêm dar a projectos produtivos de natureza diversa.
Que os jovens não pensem que só tendo um diploma passado por uma universidade é que mais facilmente se consegue um emprego. Formar-se no ensino técnico-profissional é também uma boa opção . Muitas competências que se adquirem nas escolas técnico-profissionais são requeridas por muitas empresas no nosso país.
É verdade que há um número considerável de pequenas e médias empresas que foram à falência, na sequência da crise económica e financeira. Mas as coisas não vão continuar como estão. Muitas dessas empresas que foram à falência voltarão a funcionar e a criar empregos. Que os jovens não parem de estudar , nas universidades ou nas escolas técnico-profissionais. O Estado já não quer ser o principal empregador e está a gizar políticas que possam criar um ambiente que viabilize o surgimento de muitas empresas privadas em todo o país. Há muitos angolanos empreendedores. Que lhes sejam dadas oportunidades para ajudarem o país a crescer economicamente.