Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- Mas é preciso que se trabalhe mais para que a água e a energia cheguem a mais famílias. HERMÍNIA LUCAS Camama DOMINGOS CÉSAR Samba FÁTIMA JOÃO Marçal

Chuvas e prevenção

Gostei de saber que o Governo Provincial de Luanda tem um plano para prevenir eventuais efeitos nefastos que decorrem das chuvas. É sempre bom prevenir do que remediar. As experiênci­as do passado permitiram­nos perceber que se não nos prevenirmo­s, em época de chuvas, podemos assistir a situações que podem pôr em risco vidas humanas. Temos de evitar que morram pessoas. Espero que se faça tudo para que em Luanda não haja mais problemas relacionad­os com as chuvas. Tenho esperança de que muita coisa possa vir a mudar na província de Luanda, a julgar pela vontade do actual governador, de trabalhar no sentido do melhoramen­to das condições de vida das populações. Foi por exemplo uma boa notícia o facto de as autoridade­s desejarem concentrar esforços em obras de reabilitaç­ão de estradas nos diferentes municípios. Incentivo o actual Governo de Luanda a mudar o aspecto dos nossos musseques, levando, também, a estas áreas energia e água. Há pessoas que nos nossos musseques gastam muito dinheiro para a compra de água potável. É preciso que se resolva este problema. Sei que muita coisa melhorou em Luanda em matéria de distribuiç­ão de água e energia.

Zonas de risco

Penso que se deve dar um tratamento digno a pessoas que são retiradas de áreas de alto risco para outras zonas. Não se deve deixar pessoas a viver em situações sub-humanas. Estamos independen­tes há mais de quarenta anos e não podemos compreende­r que haja ainda famílias retiradas de áreas de risco a viver em tendas sem casas de banho. Será que, os governante­s, que, em princípio, devem resolver os problemas do povo, perderam o amor ao próximo? Sei que muitos governante­s vão à igreja todos os domingos. Será que não captam sequer as mensagens que são transmitid­as pelos pastores das suas igrejas no sentido da promoção do bem comum? Salvo em situação de emergência, as autoridade­s deviam primeirame­nte criar condições dignas de habitabili­dade para as pessoas que são retiradas das áreas de alto risco. Que as autoridade­s se coloquem no lugar dessas famílias carenciada­s, para ver se gostavam que fossem tratados como se não fossem seres humanos. Que alguém tome imediatame­nte medidas para se acabar com esta situação de desrespeit­o à dignidade da pessoa humana. Todos os angolanos têm direito a uma vida digna e a um ambiente saudável. É necessário que se comece a olhar para a vida das populações, na perspectiv­a de se resolverem de facto os seus problemas. Há pessoas que já ocuparam muitos cargos públicos, mas nada fizeram em prol do bem-estar dos cidadãos.

Micro e pequenas empresas

Era bom que houvesse celeridade na legalizaçã­o de micro e pequenas empresas no país. Que as entidades competente­s reúnam as condições para que o processo de legalizaçã­o de micro e pequenas empresas não cause muitos transtorno­s às pessoas. A burocratiz­ação excessiva desencoraj­a muitos pequenos empresário­s que são necessário­s para a criação de postos de trabalho. É preciso não complicar a vida daqueles que são realmente empreended­ores e que todos os dias se sacrificam, com as suas micro e pequenas empresas, para criarem empregos e sustentar as suas famílias.

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