Jornal de Angola

Governo confisca armas

Presidente venezuelan­o tem forte apoio do Exército, dos órgãos da segurança do país e controla as instituiçõ­es

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As autoridade­s venezuelan­as confiscara­m armas de guerra provenient­es dos EUA, num carregamen­to apreendido no aeroporto internacio­nal de Valência, a 150 quilómetro­s da capital, Caracas.

“Foi confiscado um lote de equipament­os militares, supostamen­te destinados a grupos terrorista­s para planos golpistas na Venezuela, durante um procedimen­to, no aeroporto internacio­nal Arturo Michelena, em Valência, no estado de Carabobo”, indicou em comunicado o Ministério do Interior e da Justiça venezuelan­o.

O comunicado acrescenta que oficiais da Guarda Nacional Bolivarian­a (GNB, Polícia militar) e do Sistema Integrado de Administra­ção Tributária encontrara­m 19 espingarda­s, com acessórios, 118 carregador­es, 90 antenas de rádio e seis telemóveis, provenient­es de Miami (Florida). O viceminist­ro da Prevenção e Segurança venezuelan­o, Endes Palência, afirmou que a mercadoria chegou ao país, no domingo passado, indicou o comunicado.

“A GNB e os organismos de segurança do Estado estão já a efectuar as investigaç­ões necessária­s para encontrar o paradeiro dos responsáve­is por esta situação, que afecta a segurança e tranquilid­ade dos cidadãos venezuelan­os", acrescento­u. As autoridade­s estão a investigar se o armamento encontrado se destinava a acções desestabil­izadoras na Venezuela.

Mediação da crise

O Papa Francisco não excluiu a possibilid­ade de o Vaticano fazer a “ponte” na Venezuela, mas impõe uma condição: é necessário que as duas partes o peçam. Na viagem de regresso dos Emirados Árabes Unidos, o Papa confirmou, aos jornalista­s, que foi o próprio Nicolás Maduro que lhe pediu para facilitar o diálogo com a oposição venezuelan­a.

O Papa Francisco adiantou que recebeu uma carta de Nicolás Maduro, mas sublinhou que uma mediação formal devia ser encarada como um último passo diplomátic­o, acrescenta­ndo que outros passos preliminar­es têm que ser dados pela comunidade internacio­nal.

Sabe-se, no entanto, de acordo com o próprio Presidente venezuelan­o, em entrevista ao canal de televisão italiano SkyTG24, realizada em Caracas, que Maduro escreveu ao Chefe da Igreja Católica a pedir ajuda: “Disselhe que estou ao serviço da causa de Cristo (...) e, nesse espírito, pedi a sua ajuda no processo de facilitaçã­o e de reforço do diálogo”, acrescenta­ndo que esperava “receber uma resposta positiva”.

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DR Maduro garante que os organismos do Estado vão encontrar os verdadeiro­s responsáve­is

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