Falta de verbas atrasa conclusão das obras
Construtora angolana Tuamutunga abandonou os trabalhos de restauração e alargamento no Hospital da Humpata por falta de disponibilidade orçamental
As obras de ampliação do Hospital Municipal da Humpata, na província da Huíla, estão paralisadas há cerca de quatro anos por falta de verbas, informou ao Jornal de Angola o responsável municipal da Saúde local, Alberto Bembe.
“Os trabalhos estão paralisados desde 2015 por falta de orçamento. Tivemos de transferir vários serviços em zonas provisórias que criámos”, disse.
Alberto Bembe disse que as obras comportam a construção do bloco operatório, área dos serviços pediátricos, serviços reprodutivos, banco de urgência,laboratórios, consultórios, áreas de observações e enfermaria para homens e mulheres.
Os trabalhos, que estão a cargo da empreiteira Tuamutunga Construções, estão orçados em 72 milhões de kwanzas e já foi pago uma parcela de 26 milhões. “O hospital vai ter 120 camas de internamento contra as actuais 34”, revelou.
A Direcção da Saúde na Humpata controla 9 médicos, dos quais cinco funcionam no hospital municipal e quatro estão distribuídos em centros comunais. O sector conta com 145 funcionários, dos quais 52 técnicos de Enfermagem e 15 especialistas de diagnóstico e terapêutica. As doenças mais frequentes na Humpata são infecções respiratórias e diarreias agudas, malária e malnutrição aguda.
O banco de urgência do hospital está a funcionar numa área improvisada, “devido à exiguidade de espaço, diariamente, atendemos apenas 150 doentes”, disse Alberto Bimbe.
O governador provincial da Huíla, Luís Nunes, assegurou, ontem, durante uma visita ao hospital a conclusão das obras para breve.
“Precisamos descongestionar o Hospital Central do Lubango, onde muitos doentes têm recorrido para cirurgias”, disse, acrescentando: “vamos assumir a responsabilidade de acabar urgentemente as obras de ampliação do hospital.”
Luís Nunes disse que o município da Humpata “vive sérios problemas nos sectores da Habitação, Energia e Águas e estradas, portanto, o governo provincial vai dar prioridade à resolução dos problemas nestes sectores”, assegurou.
Durante a visita, Luís Nunes inaugurou uma escola de 6 salas na sede do município e a secção do Serviço de Emigração e Estrangeiros (SME).
Os trabalhos, que estão a cargo da empreiteira Tuamutunga Construções, estão orçados em 72 milhões de kwanzas e já foi pago uma parcela de 26 milhos.