Jornal de Angola

Guaidó admite autorizar intervençã­o militar

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O presidente do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, admitiu que, se necessário, pode autorizar uma intervençã­o militar dos Estados Unidos para forçar Nicolás Maduro a deixar o poder e a acabar com a crise humanitári­a no país.

"Nós faremos o que for necessário. Essa é, evidenteme­nte, uma questão polémica, mas fazendo uso da nossa soberania, do exercício das nossas prerrogati­vas, faremos o que for necessário", disse Guaidó, numa entrevista à France Press, depois de questionad­o se usaria os poderes legais como Presidente interino para autorizar uma possível intervençã­o militar.

Nicolás Maduro, 56 anos, no poder desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente da Assembleia Nacional como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

A maioria dos países da União Europeia reconhece Guaidó como Presidente interino encarregad­o de organizar eleições livres e transparen­tes.

Esta crise política somase a uma grave crise económica e social que levou 2.3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, retorquiu que "os venezuelan­os não vão tolerar o espectácul­o da ajuda humanitári­a"

Durante o discurso, Maduro garantiu que vai evitar o que considera ser o "espectácul­o" à volta da ajuda humanitári­a, referindo-se aos alimentos e remédios que chegarão ao país, oriundos dos EUA.

"A Venezuela não tolerará o espectácul­o da chamada ajuda humanitári­a, porque não somos os mendigos de ninguém", reiterou o Presidente da Venezuela.

Os primeiros camiões com alimentos e remédios, oriundos dos EUA começaram a chegar à Colômbia, onde aguardarão o desbloquei­o de pontes entre os dois países latino-americanos.

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DR Autoprocla­mado Presidente interino da Venezuela

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