Município do Chipindo sem agências bancárias
Funcionários públicos são obrigados a percorrer distâncias para levantar os salários em Caconda ou na Caála (Huambo)
As autoridades tradicionais do município de Chipindo (456 quilómetros a leste da cidade do Lubango), província da Huíla, defendem a instalação de uma agência bancária na sede municipal, com vista a terminar com as constantes deslocações de professores a outras localidades, para efectuar o levantamento dos ordenados, sobretudo no final de cada mês, o que tem causado constrangimentos no sistema normal de ensino.
A preocupação foi manifestada pelas autoridades tradicionais no acto de apresentação do novo administrador municipal de Chipindo, Hélder Lourenço, que substitui no cargo Daniel Salupassa.
Segundo o soba da localidade de Ndovala, João Kamosso, tem sido frequente os professores deslocaremse ao município de Caconda e Cuvango (província da Huíla) e Caála (Huambo).
“Nem sempre os professores, depois de se deslocarem aos pontos onde fazem o levantamento dos ordenados, regressam a tempo, o que tem obrigado, muitas vezes, os alunos a ficarem vários dias sem aulas”, disse, acrescentando que, com a instalação de uma agência bancária, termina o constrangimento.
Outra preocupação manifestada pelas autoridades tradicionais de Chipindo é a reabilitação de pontes e vias de acesso. A operacionalidade dos postos de abastecimento de gasóleo e gasolina é outra acção con- siderada pertinente pelo soba. A autoridade tradicional defende também a colocação da ponte sobre o rio Cunene, o que, segundo ele, vai encurtar a distância entre Chipindo e a capital huilana, passando pela sede municipal de Caconda.
O administrador do Chipindo, Hélder Lourenço, garantiu que a reabilitação das vias de acesso ao município sede até às comunas é uma das preocupações do Governo, para dinamizar também o processo das trocas comerciais entre o campo e a cidade.
Referiu que a melhoria do sinal das telecomunicações, a instalação de um emissor da Rádio Nacional de Angola e sinal da Televisão Pública de Angola são outras acções que o Governo e a Administração Municipal de Chipindo elegeram como prioridade para a municipalidade, que clama por vários serviços sociais.
Segundo o administrador, os problemas ligados à educação, saúde, agricultura familiar e a instalação de duas ou mais agências bancárias são já do conhecimento do governador provincial da Huíla, que visitou recentemente a circunscrição, com vista a melhorar a qualidade de vida da população.
Hélder Lourenço disse que o rigor nas contas, a gestão cuidadosa e transparente são pressupostos a serem observados, para que a governação e as opções estruturantes possam ser levadas a cabo com sucesso.
O administrador municipal de Chipindo, Hélder Lourenço, garantiu que, para o seu mandato, as políticas sociais, o combate à pobreza, a inclusão social e o apoio aos desmobilizados e suas famílias estarão dentro das prioridades.
“Tenho a certeza de que, com o nosso trabalho e com a ajuda de todos, teremos um município cada vez melhor”, sublinhou, defendendo a colaboração das autoridades tradicionais, entidades religiosas, sociedade civil e população em geral.
A reabilitação das artérias e passeios da sede municipal de Chipindo são outras acções a serem periodizadas pela Administração Municipal, garantiu Hélder Lourenço.
O administrador municipal de Chipindo informou que uma outra acção a ter em conta é a criação de bolsas de estudo internas, junto das autoridades competentes, em benefício dos quadros locais.
Hélder Lourenço disse que, com vista a evitar a fuga de quadros, numa primeira fase a Administração Municipal de Chipindo vai encetar contactos com as universidades existentes na província, com vista a atribuir-se quotas em benefício dos estudantes que terminam o ensino secundário. O Governo
Nem sempre os professores, depois de se deslocarem aos pontos onde levantam os ordenados, regressam a tempo, o que tem obrigado os alunos a ficarem vários dias sem aulas