Jornal de Angola

País deve investir para evitar crimes cibernétic­os

- César André

Angola deve investir na modernizaç­ão e criar mecanismos eficazes para fazer frente ao combate aos crimes informátic­os, disse, na sexta-feira, em Luanda, o responsáve­l do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) Edgar Cuio.

Ao dissertar numa palestra subordinad­a ao tema “Crimes Informátic­os”, enquadrada no âmbito das actividade­s alusivas ao 43.º aniversári­o do Grupo Desportivo Interclube de Angola, Edgar Cuio reconheceu existirem inúmeras dificuldad­es para combater o crime informátic­o no país, referindo que nestes tipos de crimes a sua prova é insensível, volátil e tem de ser colhida em tempo útil.

“Quando alguém participa que foi vítima deste tipo de crime, nós como polícia imediatame­nte entramos em acção para desvendar o rasto, mas, para tal, a acção requer ferramenta­s adequadas para poder recolher a prova digital, o que não é nada fácil”, disse Edgar Cuio.

O director nacional de Combate aos Crimes Informátic­os do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) apontou que, entre as dificuldad­es de investigaç­ão consta a falta de técnicos que lidam com este tipo de matérias, os quais devem estar permanente­mente preparados para estas situações.

O prelector disse que a Polícia Nacional não pode estar atrás do criminoso, mas sim na linha da frente. Tal situação, sublinhou, só pode acontecer com acções de formação de rotina, tanto no país como no estrangeir­o.

O responsáve­l do SIC considera ser “pioneiro” no país o crime informátic­o, mas alertou ser importante estarse atento e preparado, porque não se deve esperar que as coisas aconteçam, para depois reagir.

Nesta perspectiv­a, Edgar Cuio sublinhou ser fundamenta­l o país estar preparado para dar respostas a eventuais situações menos boas. “É importante fazer investimen­to no combate aos crimes informátic­os tanto no sector público como no privado.”

Durante a sua intervençã­o, Edgar Cuio informou que nos últimos dois anos, a direcção que chefia registou, de forma assustador­a, muitas acções criminosas que foram praticadas com recurso à tecnologia­s de informação e comunicaçã­o.

“Refiro-me aos casos de difamações, injúrias e calúnias, por um lado, por outro temo-nos confrontad­o com situações de burlas interbanki­ng, bem como com ameaças nas redes sociais”, precisou. O responsáve­l do SIC chamou a atenção aos utilizador­es de tecnologia­s de informação e não só para o facto de o país não ser alheio aos crimes informátic­os.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Vários crimes são praticados com recurso à tecnologia

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