Choque de comboios do CFB provocado por erro humano
A colisão de dois comboios, no passado dia 13, na localidade de Cavimbe, comuna de Cangumbe, província do Moxico, que seguiam em direcção ao Bié, foi causada por erro humano, afirmou ontem o presidente do Conselho de Administração do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), Luís Lopes Teixeira. O responsável, que visitou ontem o local onde os comboios colidiram, informou que o embate entre as duas composições, que transportavam cisternas de gás e vagões de carga, causou grandes danos na linha férrea, estando interrompida a circulação ferroviária entre Moxico e Bié. Em Janeiro, o descarrilamento de uma locomotiva do CFB proveniente do Luena, no traçado entre Camacupa e Cuanza, na província do Bié, levou à suspensão da circulação do comboio para o Huambo.
A colisão de dois comboios, no passado dia 13, na localidade de Cavimbe, comuna de Cangumbe, província do Moxico, que seguiam em direcção ao Bié, foi causada por erro humano, segundo o presidente do Conselho de Administração do Caminhode-Ferro de Benguela, Luís Lopes Teixeira, que garantiu que, para acautelar situações do género, a partir do próximo mês os comboios vão ter equipamentos adicionais, adquiridos na África do Sul.
“O incidente não foi causado por ausência de comunicação”, disse Luís Teixeira, que visitou ontem o local onde os dois comboios colidiram. Acrescentou que uma equipa de técnicos vai fazer a recolha de dados para, através do Centro de Comando e Circulação do Lobito, se apurar as verdadeiras causas.
A colisão dos dois comboios, que transportavam cisternas de gás e vagões de carga, causou grandes danos na linha férrea e em vagões das duas composições, que iam em direcção à província do Bié. Luís Teixeira, que não adiantou para quando a reabertura do troço ferroviário, atendendo ao volume de trabalho no local do acidente, garantiu que os trabalhos estão a ser feitos rapidamente, para que o comboio volte a circular o mais rápido possível, pedindo calma aos passageiros que estão retidos no Luena e no Cuito.
O vice-governador do Moxico para o Sector Político, Económico e Social, Carlos Alberto Masseca, enalteceu a pronta intervenção do CFB, pelos trabalhos que estão a ser feitos na via, pois “nos últimos anos o comboio tornou-se no maior meio de transporte de pessoas e bens”. Carlos Alberto Masseca disse que a interrupção do comboio no troço CuitoLuena vai provocar escassez de combustível e gás butano em toda a região leste de Angola, sublinhando que o Governo Provincial vai reunir com o representante da Sonangol, para encontrar outros mecanismos de transporte dos produtos.
Para acelerar os trabalhos, encontram-se no local do acidente equipas de técnicos do CFB e do Instituto Nacional dos Caminhos de Ferro de Angola (INCFA), que, desde sexta-feira, trabalham na remoção dos destroços.
Este é o segundo incidente ferroviário, este ano, envolvendo comboios do CFB. Em Janeiro, o descarrilamento de uma locomotiva do CFB proveniente do Luena, no traçado entre Camacupa e Cuanza, na província do Bié, levou à suspensão da circulação do comboio ao Huambo.