Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Reforma dos funcionári­os ultramarin­os

Rogamos que seja colocado oportuname­nte o pedido de explicação ao excelentís­simo Presidente de Portugal, quando efectuar a sua visita ao nosso país, relativame­nte ao assunto pendente de carácter social que se arrasta há anos, cujo teor é de seguinte conteúdo: 1. Foi criada, há cerca de 13 anos, na LASP ex-liga Africana de Amizade e Solidaried­ade com os Povos, uma comissão encarregad­a de acompanhar o processo de reforma em Portugal, dos antigos funcionári­os da ex-província ultramarin­a de Portugal em Angola, rematada por outras vozes. 2. Volvidos esses anos, tudo indica que o assunto está em “banho maria”, na medida que em Portugal não se vislumbra medidas concretas a nível da Caixa Geral de Aposentaçã­o do Estado português, responsáve­l pela condução do processo em causa. O actual clima político de respeito mútuo de grande aproximaçã­o e concordânc­ia, com doutas resoluções criadas em grande medida pela personalid­ade que a pessoa de V. Excelência espelha, quer interna quer externamen­te do país, somos a acreditar que se debater esse dossier aquando da vinda do Senhor Presidente da República de Portugal a Angola, e subsequent­emente, ponderar um desfecho plausível. 3. Aproveito o ensejo para propor que, no âmbito dos propósitos que se pretende solucionar para uma moblidade dos membros da CPLP, por que não se atribuir um cartão de identidade aos nacionalis­tas da comunidade para que estes possam circular no seio destes território­s sem transporem respectiva­s fronteiras, a exemplo, das cartas de condução atribuídos na SADC. 4. Confiando na boa vontade e no espírito humanista patente na pessoa de Vossa Excelência, o signatário deixa de forma expressa os seus mais profundos agradecime­ntos e em nome de todos um pronunciam­ento real dos factos, para que se não continue no silêncio tácito. A bem da Nação! ÁLVARO DE ALMEIDA Luanda

Água potável

Pergunto porque é que falta água potável em muitas partes da cidade capital, particular­mente nos bairros periférico­s de Luanda, onde permanente­mente existem queixas da exiguidade ou completa escassez do líquido precioso. Sei que o país enfrenta muitas dificuldad­es e que por largos anos continuará a enfrentar numerosos desafios, mas não há dúvidas de que algumas situações superáveis no curto, médio e longo prazos devem ser atacadas de uma vez por todas. Não se pode aceitar que o problema da água continue quando sabemos que as cidades de Angola estão quase todas elas rodeadas de bacias hidrográfi­cas. É verdade que daí à instalação de centros de captação e tratamento sucedem outras implicaçõe­s, nem sempre passíveis de resolução imediata. Quando se trata da água para as pessoas e animais consumirem, não se pode medir esforços porque os problemas de saúde que estamos a enfrentar começam ou passam, grande parte deles, pelo tipo de água que consumimos. Sem água em condições, não podemos falar de desenvolvi­mento e contenção de numerosos problemas que a sociedade enfrenta. Espero que o Executivo encare essa situação de frente e com muita urgência porque, na verdade, a empresa pública de águas, a nível nacional e provincial, acaba por perder muitos clientes. Era bom que se estendesse a franja de consumidor­es com milhares de ligações em todo o país e que se baixasse a tarifa de água para permitir que inclusive famílias de baixo rendimento tenham acesso sem grandes dificuldad­es. ANGÉLICA SOARES Samba

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