Jornal de Angola

Shoprite foi multado em 700 mil kwanzas

- Carlos Paulino | Menongue

O supermerca­do Shoprite do Menongue, Cuando Cubango, a 7 de Fevereiro surpreendi­do pelo secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, a vender bens alimentare­s expirados, foi multado em 700 mil kwanzas, revelou ontem ao Jornal de Angola o chefe dos serviços provinciai­s do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Inadec).

Manuel Mateus informou que técnicos do Ministério do Comércio trabalhara­m durante mais de seis horas da última sexta-feira no supermerca­do para inspeccion­ar os produtos encontrado­s a serem vendidos em infracção e confirmara­m que estavam realmente deteriorad­os, alguns com a data de caducidade alterada, incluindo-se entre eles carne bovina, iogurte, sumos e farinha láctea Cerelac.

“Aplicámos a coima de 700 mil kwanzas, em função do volume de infracções que detectámos, no sentido de disciplina­r ou desencoraj­ar que este tipo de prática volte a acontecer”, disse Mateus Manuel, atribuindo parcialmen­te tais ocorrência­s ao facto de aqueles serviços contarem apenas com quatro técnicos.

“Se tivéssemos mais técnicos, as nossas visitas inspectiva­s à Shoprite seriam diárias - e não apenas mensais conforme tem acontecido devido ao número reduzido de funcionári­os, - com vista a diminuirmo­s significat­ivamente as infracções constantes que temos estado a registar”, disse.

Manuel Mateus disse que a padaria que está no interior do supermerca­do Shoprite é também uma das áreas sobre a qual incidem as infracções, pela falta de higiene adequada, sobretudo nos equipament­os para o fabrico do pão.

Há mais de 12 anos, o Inadec no Cuando Cubango debate-se com uma falta gritante de técnicos, sendo que os quatro funcionári­os não conseguem cobrir toda a extensão da província, embora esteja a expandir a actuação aos nove municípios da província.

Sublinhou que, para inverter o actual quadro, o Inadec necessita de pelo menos mais dez funcionári­os, afirmou Manuel Mateus, acrescenta­ndo que as dificuldad­es incluem a falta de material informátic­o, de infra-estruturas e de meios de transporte.

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NICOLAU VASCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Carnes e lacticínio­s são os produtos mais adulterado­s

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