Líderes exigem o fim imediato dos combates
Vários líderes africanos defenderam na terça-feira à noite a “cessação imediata e incondicional” dos combates na Líbia, após um encontro que decorreu no Cairo e liderado pelo Chefe de Estado egípcio Abdel Fattah al-Sissi, presidente da União Africana (UA). Nesse dia, o Egipto recebeu duas reuniões no Cairo sobre as actuais crises no Sudão e na Líbia.
Sobre a Líbia, o objectivo da reunião era encontrar “formas para conter a crise e relançar o processo político”, depois de violentos combates desde 4 de Abril entre as forças leais ao Governo de Acordo Nacional, reconhecido pela comunidade internacional, e as tropas do marechal Khalifa Haftar, perto de Tripoli.
Abdel Fattah al-Sissi apelou a todas as partes para a “cessação imediata” dos combates e para que seja permitida a “chegada de ajuda humanitária a todas as regiões”, num comunicado conjunto lido no final da reunião que terminou na madrugada de ontem.
O Chefe de Estado do Egipto defendeu que a Líbia deve ser protegida dos “perigos do terrorismo e da intervenção estrangeira permanente nos últimos anos”. Pelo menos 264 pessoas morreram e 1.266 ficaram feridas desde o início da ofensiva do Exército Nacional Líbio do marechal Khalifa Haftar para conquistar Tripoli, capital líbia, anunciou ontem a Organização Mundial de Saúde (OMS), refere a Lusa. O anterior balanço da OMS apontava para pelo menos 205 mortos e 913 feridos desde 4 de Abril. A OMS repetiu num “tweeter” o apelo por uma “cessação temporária das hostilidades”.