Casos falsos positivos de HIV vão ser investigados
A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai abrir um inquérito junto do Ministério da Saúde, nos próximos dias, para saber o que se passou, de concreto, para que os testes de VIH feitos em algumas províncias do país dessem falso positivo.
Em entrevista dada terçafeira à Televisão Pública de Angola (TPA), o procuradorgeral, Hélder Pitta Groz, disse tratar-se de um assunto "bastante preocupante", razão pela qual a instituição que dirige vai desencadear a acção, para saber o que se passou para aparecer no sistema um tipo de reagente que não fazia parte do algoritmo.
“Deveremos, no âmbito de um inquérito que temos de promover, solicitar ao Ministério da Saúde que nos dê as informações necessárias sobre a aquisição desse produto, como foi adquirido, onde e em que circunstâncias, para aferirmos os danos causados às pessoas”, ressaltou.
O Procurador-Geral da República acrescentou que vai igualmente ser apurado o que aconteceu às pessoas que receberam esses resultados. “Compete-nos reagir de imediato, porque estão em jogo vidas humanas, que é um direito fundamental que temos de preservar”, asseverou Hélder Pitta Groz, para quem a PGR não podia passar ao lado de uma notícia como essa. Na entrevista dada ao
a directora do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Maria Lúcia Furtado, explicou que, em causa, estava um tipo de reagente de VIH que não fazia parte da rede pública, chamado "Ária", que fazia com que os testes realizados dessem falso positivo.
A responsável esclareceu que os únicos testes aprovados para fazer o diagnóstico do HIV na rede pública são o “Determine” e o “Unigold”.
A notícia de que os testes de VIH davam falsos positivos provocou uma onda de reacções em todo o país. Nas redes sociais chegou a ser um assunto dominante.