Jornal de Angola

Saúde tranquiliz­a cidadãos

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O Ministério da Saúde tranquiliz­a, em comunicado, os cidadãos em relação à segurança dos testes de VIH. Reagindo às notícias segundo as quais a utilização do reagente “Aria” dava nos testes resultados positivos falsos, o documento refere que o diagnóstic­o das pessoas nos serviços pú́blicos de saúde são realizados somente com os testes adquiridos pelo Instituto Nacional de Luta contra a Sida, nomeadamen­te “Determine” e “Unigold”, padronizad­os pela OMS e utilizados para este fim no mundo inteiro.

Num comunicado de oito pontos, o Ministério da Saúde sublinha que os testes rápidos para o programa do VIH são adquiridos através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), o que, entre outros factores, assegura a sua qualidade.

“Os testes rápidos para o diagnóstic­o de VIH da marca ‘Aria’ foram adquiridos através de um contrato entre uma empresa executora de uma linha de financiame­nto estrangeir­a e o Executivo de Angola em Junho de 2017 e entregues para utilização exclusiva na avaliação de sangue doado”, lê-se no documento.

Assim sendo, sublinha o documento, estes testes não eram destinados ao diagnóstico de doentes, nem para mulheres grávidas ou em aconselham­ento. Os referidos testes, importados por esta empresa, não faziam e nem fazem parte do protocolo nacional de testagem do VIH, aprovado pelo Ministério da Saúde.

Por estas e outras irregulari­dades detectadas em tempo útil, o Ministério da Saúde afirma que interrompe­u o fornecimen­to de medicament­os e material gastável por parte desta empresa, que não é citada no documento, e remeteu o dossier ao Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) para o competente tratamento.

Em Dezembro de 2018, prossegue o Ministério da Saúde, na província do Cunene, os testes de dois potenciais doadores de sangue tiveram resultado positivo com o teste “Aria”. Imediatame­nte e seguindo o protocolo, os referidos doadores foram retestados com um segundo teste aprovado pelo Ministério da Saúde, e que resultaram negativos.

Segundo o documento, esta ocorrência despoletou os mecanismos de inspecção e controlo que, imediatame­nte accionados, detectaram deficiênci­as no teste “Aria” utilizado. Depois disso, o Ministério da Saúde reuniu os especialis­tas da área e tomou a decisão de suspender o uso do teste suspeito em todo o território nacional, através de uma circular da Inspecção Geral da Saúde.

O Ministério da Saúde esclarece ainda no documento que nenhuma pessoa saiu com resultado falso positivo dos servico̧ s, pois o próprio sistema de controlo do protocolo existente detectou a anomalia em tempo útil, o que determinou as medidas de correcção.

“Para maior segurança, procedeu-se ainda à realização de um terceiro teste, sob orientação de técnicos capacitado­s para tal”, refere a nota de imprensa.

A concluir, o Ministério da Saúde, assegura que o protocolo nacional de testagem do VIH aprovado determina que sempre que um primeiro teste tenha resultado positivo, obrigatori­amente deve-se confirmar o diagnóstic­o com um segundo teste, de marca diferente, tendo sido o que aconteceu imediatame­nte após a detecção dos testes falsos positivos.

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