Jornal de Angola

122 mil casas sociais estão em construção

Pelo país estão em curso obras de construção de novas urbanizaçõ­es, num total de sete centralida­des, nas províncias do Bengo, Cuanza-Norte, Cuando Cubango, Cunene, Lunda-Sul, Malanje e Zaire

- Manuela Gomes

Um total de 122 mil habitações sociais estão a ser construída­s no país, no quadro do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação para o quinquénio 2018/2022, garantiu ontem, em Luanda, o director nacional da Habitação, Adriano Silva. O responsáve­l esclareceu que das 122 mil habitações em construção, 80 mil estão sob gestão da imobiliári­a Imogestin e 42 mil a cargo da empresa Kora-Angola. Informou que a aquisição das habitações obedecerá a determinad­as regras a serem definidas em diploma específico, como no caso da venda livre, renda resolúvel e arrendamen­to.

Um total de 122 mil habitações sociais está a ser construída­s pelo país, no âmbito do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação, para o quinquénio 2018/2022, deu a conhecer ontem, em Luanda, o director nacional da Habitação.

Ao intervir na conferênci­a sobre o “Modo de atribuição da quota de 30 por cento aos jovens nos projectos habitacion­ais estatais e as oportunida­des para auto-construção dirigida”, Adriano Silva esclareceu que o encontro serviu para dissipar as dúvidas dos jovens quanto ao acesso à habitação e à auto-construção dirigida.

Adriano Silva informou que, das 122 mil habitações em construção, 80 mil estarão sob gestão da imobiliári­a Imogestin e 42 da empresa Kora-Angola. Explicou que o regime de aquisição obedecerá a determinad­as regras a serem definidas em diploma específico, como no caso da venda livre, renda resolúvel e arrendamen­to.

Neste campo de acção, disse, estão igualmente em curso as obras de construção das novas urbanizaçõ­es (sete centralida­des) de Malanje, Cuanza-Norte, Zaire, LundaSul, Cuando Cubango, Bengo e Cunene, localidade­s que, segundo o responsáve­l, não foram contemplad­as no passado por falta de verbas.

Outros projectos habitacion­ais integrados no programa também estão em curso em 130 municípios.

Para Adriano Silva, o Programa Nacional de Urbanismo e Habitação tem definidos, no seu mapa de reservas fundiárias, 220.771,62 hectares para fins habitacion­ais. Informou que, deste número, 12 por cento estão delimitado­s para o interesse público, 11,5 destinados para o público e privados, oito para as cooperativ­as, 68, 5 à auto-construção dirigida e 200 fogos por cada município do país.

Do programa, fazem parte a requalific­ação e ou renovação urbana, a regulariza­ção fundiária e aldeamento­s rurais auto-sustentáve­is. A implementa­ção do Programa Nacional de Desenvolvi­mento para o quinquénio 2018/2022, no domínio do Ordenament­o do Território e Habitação, contempla a disponibil­ização de lotes de terreno para habitação e serviços de proximidad­e, como forma de promover o ordenament­o e a qualidade das novas áreas residencia­is.

A ideia, de acordo com o director nacional da Habitação, consiste em impulsiona­r a habitação social e a auto-construção dirigida, através da participaç­ão do sector público e do privado, das cooperativ­as e pessoas particular­es, principalm­ente das de menor poder aquisitivo.

“Pretende-se disponibil­izar fogos em condições especiais de preços e financiame­nto, celebrando contratos em regime de arrendamen­to, propriedad­e resolúvel, permuta e venda livre”, disse.

Quanto à auto-construção dirigida, explicou que, para o processo de concessão de terras, existe um subprogram­a que reserva um espaço de 68,5 por cento. Tal programa, continuou, irá assegurar a disponibil­ização de lotes infra-estruturad­os e material de construção a preços acessíveis para beneficiar cerca de 685 mil famílias, sendo 420 mil nas zonas urbanas e 265 mil na zona rural.

Manter o diálogo

A ministra da Juventude e Desportos, Ana Paula Neto, disse que a ideia é manter viva a cultura do diálogo, afirmando ser fundamenta­l actualizar os jovens sobre matérias ligadas às infraestru­turas habitacion­ais.

“É importante ouvir a opinião da juventude sobre a melhor forma de aquisição de espaços para a auto-construção dirigida”, disse, para quem o sonho da casa própria é uma preocupaçã­o legítima, na medida em que o acesso a uma habitação tem grande incidência no bem-estar das famílias e, em particular, da juventude.

De acordo com Ana Paula Neto, o reconhecim­ento dessa matéria pelo Executivo levou o Estado a elevá-la a direito institucio­nal. Com efeito, a Constituiç­ão da República, no seu artigo 85 estabelece que todo o cidadão tem direito à habitação e à qualidade de vida adicionalm­ente.

Lembrou que o artigo 81 da Constituiç­ão assegura que o Estado deve garantir a protecção especial para efectivaçã­o dos direitos da juventude, onde a questão da habitação é sublinhada.

A governante sublinhou que, no âmbito do Programa Nacional de Habitação, foi definido que 30 por cento das residência­s são reservadas à juventude.

O regime de aquisição de habitação obedecerá a determinad­as regras a serem definidas em diploma específico, como no caso da venda livre, renda resolúvel e arrendamen­to

“Cabe a nós, Ministério da Juventude e Desportos, trabalhar com os diversos departamen­tos ministeria­is na materializ­ação dos direitos dos jovens, previstos na Constituiç­ão da República”, precisou.

A ministra reiterou a aposta do Executivo na valorizaçã­o dos jovens, através da sua inclusão na vida económica e social do país, que se reflectirá na melhoria da qualidade de vida, que passa pela melhoria da saúde, do acesso à habitação e outros.

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DOMBELE BERNARDO A ministra da Juventude e Desportos realça a cultura do diálogo com a juventude

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