Mobilidade na CPLP junta ministros na Praia
O ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, considera que o actual contexto de segurança global, a dinâmica do Mundo contemporâneo e a crescente internacionalização de fenómenos delituosos impõem aos Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a ingente necessidade do estabelecimento de parcerias estratégicas focadas no enfrentamento dos desafios e ameaças que afligem grande parte dos países membros da organização.
Ângelo da Veiga Tavares, que falava ontem, na Cidade da Praia, na cerimónia de abertura da V reunião dos Ministros do Interior e da Administração Interna da CPLP, indicou que a questão da mobilidade no espaço da CPLP implicará que os Estados-membros façam esforços no sentido de melhorarem a sua capacidade técnica no domínio da segurança e controlo das fronteiras.
"Angola pretende estreitar e fortalecer os laços de irmandade, amizade, fraternidade e de cooperação no seio da comunidade", para enfrentar vários desafios comuns. "As instituições que dirigimos, pela natureza e especificidades das suas atribuições, figuram no quadro da estrutura dos órgãos de soberania dos nossos Estados, daí a necessidade de cooperação", disse o ministro do Interior.
Ângelo da Veiga Tavares considera que os Estados deviam continuar a trabalhar no sentido de, com base nas experiências em catástrofes naturais, criarem mecanismos para dar uma resposta conjunta, para reduzir o impacto destas calamidades.
O ministro disse que a reunião da Cidade da Praia foi frutífera. A próxima reunião, que acontece em Luanda, será já para sustentar a implementação do que foi decidido em Cabo Verde, segundo o ministro.
Ângelo da Veiga Tavares indicou que, no âmbito do combate à criminalidade, foi acertada a cooperação em matéria da formação, troca de informações em vários domínios e combate ao crime organizado.
O encontro da Cidade da Praia abordou questões sobre a segurança pública e ordem interna nos países membros da CPLP. A cerimónia de abertura do encontro foi dirigida pelo presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, Jorge Santos.