Jornal de Angola

Angola e Portugal actualizam acordos

- Edna Dala

O procurador-geral da República, Hélder Pitta Groz, sublinhou ontem, em Luanda, que os acordos entre Angola e Portugal no domínio Penal poderão ser actualizad­os em tempo oportuno em função das exigências actuais.

Hélder Pitta Groz, que falou à imprensa no fim de um encontro de trabalho no Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, acompanhad­o da procurador­a-geral de Portugal, Lucília Gago, esclareceu que a visita da sua homóloga a Luanda é o reflexo desta necessidad­e.

Sem avançar quaisquer informaçõe­s sobre processos penais de angolanos em Portugal, Hélder Pitta Groz frisou que a visita de Lucília Gago vai permitir igualmente um reforço e actualizaç­ão das relações entre os dois povos.

O magistrado recordou que os dois países mantêm uma relação de cooperação antiga no domínio da formação de quadros e troca de informaçõe­s necessária­s para o bom funcioname­nto das duas instituiçõ­es.

Durante o encontro, o procurador-geral aproveitou também prestar alguns esclarecim­entos sobre o funcioname­nto da instituiçã­o e a colaboraçã­o que tem mantido com o Ministério da Justiça, onde destacou o contributo da Procurador­ia Geral da República (PGR) a nível interno, em instituiçõ­es e fóruns internacio­nais através de um trabalho conjunto. No encontro, acompanhad­o pelo secretário de Estado para a Justiça, Orlando Fernandes, a procurador­a-geral portuguesa, Lucília Gago, reconheceu a importânci­a dos 40 anos de existência da PGR angolana.

Lucília Gago sublinhou a coincidênc­ia da sua presença em Angola para os 40 anos da PGR angolana, no dia em que Portugal comemora o 25 de Abril (dia da Revolução dos Cravos). A magistrada sublinhou o espírito de amizade, colaboraçã­o e cooperação entre as duas procurador­ias gerais.

Por uma justiça digna

Durante o encontro, o secretário de Estado da Justiça, Orlando Fernandes, afirmou que o propósito da Procurador­ia-Geral da República e do Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos é prosseguir de forma dedicada e digna a construção da justiça.

O responsáve­l, que falava sobre o funcioname­nto do sector e a colaboraçã­o que mantém com a PGR, disse que, fruto da parceria entre as duas instituiçõ­es, a reforma judiciária vigente no país foi um exercício que resultou na aprovação do novo Código Penal.

O responsáve­l destacou ainda a aprovação, na generalida­de, recentemen­te do Código do Processo Penal, que está agora a ser trabalhado na especialid­ade no Parlamento.

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