Mais três garimpeiros morrem no Chipindo
Mais três garimpeiros morreram no passado dia 19, na sequência do desabamento de uma mina de ouro no município do Chipindo, na província da Huíla, segundo dados da Administração Municipal, divulgados ontem.
De referir que 17 pessoas morreram entre Janeiro e Abril do ano em curso, na sequência do deslizamento de terra, causado pela exploração artesanal de ouro no Chipindo, informou o administrador Hélder Lourenço.
O município, acrescentou, herdou, em 1975, um sector industrial de extracção de ouro, que já teve impacto no desenvolvimento do país até 2002. Mas, em consciência do período difícil que o país viveu, ficou destruído e paralisado.
A exploração de ouro no município de Chipindo, ainda de acordo com Hélder Lourenço, retoma no decurso deste ano, pela empresa mineira DEIMANG - Desenvolvimento de Infra-Estruturas e Mineração de Angola, numa área de 67 hectares.
Informou que existem ainda outras empresas com processos em curso no ministério de tutela, registandose também a prática de exploração ilegal por cidadãos provenientes de vários pontos do território nacional, que efectuam, sem qualquer meio de segurança, tal prática, o que tem provocado muitas mortes, nas localidades de Tchikuele e Cassanda.
As constantes mortes de pessoas oriundas de vários pontos do país, que procuram ouro no Chipindo, preocupam o Governo Provincial da Huíla, que,segundoovice-governador para o Sector Técnico e Infraestruturas, Nuno Mahapi Ndala, vai continuar a potenciar as famílias camponesas para intensificarem a actividade agrícola e absterem-se do garimpo de ouro, cuja extracção precisa de tecnologia adequada.
Chipindo, reconheceu Nuno Mahapi Ndala, tem terras aráveis, que são vastas para o cultivo de cereais, e o incentivo à produção agrícola constitui prioridade das autoridades locais, no quadro do programa de combate à fome e à pobreza.