VÍTIMA DE CABO ELÉCTRICO
Maria Umba deixa viúvo e dois filhos menores
A jovem Maria Umba, 27 anos, que teve a cabeça cortada por um cabo de alta tensão, no bairro Belo Monte, em Cacuaco, foi a enterrar ontem no cemitério da Funda, em Luanda.
A malograda, que deixa dois filhos e marido desempregado, morreu na tarde de segunda-feira, quando regressava do serviço, depois de ser surpreendida por um cabo de alta tensão que despreendeu, na altura em que funcionários da Chino Hidro tentavam içá-lo.
Testemunhas afirmam que Maria, que acabava de descer do táxi e falava ao telemóvel, nem teve tempo de perceber o que se passava. A cabeça foi arrancada do corpo e, com o impacto, projectada para o outro lado da estrada. O corpo manteve-se no local irto durante alguns segundos, até cair, motivando o pânico numa zona de grande movimento de pessoas e viaturas.
Na altura, os funcionários da empresa chinesa estavam a esticar o cabo eléctrico e, por descuido, saiu-lhes das mãos, devido à forte pressão, indo ao encontro de Maria, que acabava de descer do táxi.
Face a tragédia, a empresa entregou a família um milhão de kwanzas para custear as despesas do óbito. Mas a família pede responsabilização criminal. Estável Rodrigues, tio de Maria, fala em negligência da empresa chinesa, que estava a realizar trabalhos daquela perigosidade numa zona de grande circulação e sem a devida sinalização.