“TRANSPARÊNCIA”
Malanje e Moxico registam maior fluxo migratório
As províncias de Malanje e do Moxico registaram o maior fluxo migratório de Janeiro a Abril deste ano, informou ontem, na cidade de Saurimo, o porta-voz da “Operação Transparência”, comissário António Bernardo.
Ao apresentar o balanço da operação, no final de uma reunião que juntou delegações mistas das Forças Armadas e da Polícia Nacional das províncias da LundaNorte, Lunda-Sul, Malanje e Moxico, o porta-voz informou que no período em referência foram repatriados cerca de 40 mil imigrantes na situação de ilegalidade, mais de 39 mil dos quais da República Democrática do Congo.
As incursões das forças nas áreas visadas e o trabalho de sensibilização aos visados resultaram na saída voluntária de mais de três mil cidadãos da RDC que permaneciam conformados com a sua condição de ilegalidade, sem poderem desenvolver o garimpo de diamantes e actividades similares, devido ao controlo cerrado às potenciais áreas de exploração.
No mesmo período foram apreendidas 2.592 pedras de diamantes, 115.500,00 dólares e 673 mil kwanzas. Na sequência de processos conjuntos instruídos pelo Ministério do Interior e o Ministério Público foram devolvidos 19 mil dólares aos proprietários enquanto que 92.500,00 dólares mantêm-se sob a guarda das autoridades.
As autoridades autorizaram a reactivação de nove cooperativas para a exploração de diamantes, sendo duas na província de Malanje, cinco na Lunda-Norte e duas na Lunda-Sul.
Operação no mar
Segundo António Bernardo, a “Operação Transparência” no mar, um mês depois do seu lançamento, teve resultados satisfatórios.
A “Operação Transparência” no mar visa travar o contrabando de combustível, tráfico de seres humanos, poluição ambiental, entre outros.
A vigilância feita numa extensão de 1.650 quilómetros, distribuídos em quatro zonas operacionais, permitiu interpelar mais de 40 embarcações para vistoria, que resultou na constatação de irregularidades em mais de 30 delas.
Entre as infracções detectadas constam a falta de certificados de pesca e pagamento de impostos. Foram detectados oito navios estrangeiros a realizarem pesca de mariscos sem certificado.
A “Operação Transparência” em terra foi lançada pelo Executivo em Setembro do ano passado.