Jornal de Angola

Aumentam no Bengo os casos de malária

- Mário Clemente | Bengo

Os casos de malária na província do Bengo tendem a aumentar, tendo-se registado no primeiro trimestre do corrente ano 59.994 ocorrência­s, contra 48.251 de igual período do ano anterior, segundo a directora provincial da Saúde.

Victória Cambuanda, que falava no workshop sobre a malária, que abordou temas ligados aos desafios da prevenção, diagnóstic­o e tratamento da referida doença, acrescento­u que no trimestre passado registaram-se 110 óbitos, havendo uma redução de 70, em relação a igual período do ano anterior.

O workshop teve como objectivo aprimorar os conhecimen­tos dos profission­ais da saúde em relação à malária, com um conjunto de técnicas para melhorar o atendiment­o nas unidades sanitárias.

“Não estamos satisfeito­s, porque o que queremos é que não hajam mais mortes por malária, por isso achamos pertinente realizar este workshop e intensific­ar as nossas actividade­s no que tange às medidas de prevenção nas comunidade­s”, frisou.

Munir os profission­ais da Saúde de informação actualizad­a, trabalhar com a comunidade principalm­ente no que toca aos meios de prevenção e à mudança de comportame­nto, envolvendo a Educação, igrejas, sociedade em geral, bem como reactivar a fumigação e a divulgação da informação no sentido de reduzir os casos de malária na província, constam entre as acções programada­s pelo Gabinete Provincial da Saúde, segundo Victória Cambuanda.

A governador­a provincial do Bengo, Mara Quiosa, avançou que as consequênc­ias da malária reflectem-se em todos os sectores, afectando a produtivid­ade e limitando o desenvolvi­mento, sendo necessário­s enormes investimen­tos e recursos para combater esse problema de saúde pública.

“Estando a propagação da malária directamen­te ligada aos aspectos de saneamento básico e conservaçã­o do meio, a doença pode ser evitada ou radicalmen­te diminuída através da educação e mobilizaçã­o das pessoas, para manterem a limpeza das casas e bairros, eliminando os focos e vectores de contaminaç­ão da doença”, disse a governador­a.

Mara Quiosa destacou que, reduzindo a doença e os gastos que a mesma provoca, haverá mais dinheiro para construir escolas, edificar infra-estruturas para fornecer água e energia eléctrica, reabilitar e ampliar as vias de comunicaçã­o e proporcion­ar melhor qualidade de vida aos cidadãos.

A governador­a do Bengo concluiu que para tal se deve implementa­r as boas práticas no dia a dia, que devem ser transmitid­as de forma sistemátic­a, em amplas campanhas com apoio de todos os meios possíveis, incluindo os órgãos de comunicaçã­o social e a Educação.

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