Jornal de Angola

Anjos da Guarda para vítimas de acidentes

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é, a par da Jefran, o negócio mais visível. O grupo possui outros, mas prefere não revelar. A ideia da criação da clínica surge depois de um dos seus funcionári­os ter sofrido acidente no trabalho. Preocupado com a vida da vítima, conta, ele mesmo o levou ao Hospital Geral de Luanda, para receber assistênci­a médica.

“De tanto esperar, o funcionári­o morreu nos meus braços. Decidi, então, criar um local para prestar primeiros socorros aos meus trabalhado­res. Comprei um contentor de 20 pés e coloquei uma enfermeira e uma ambulância. Mas, depois de criar estas condições, fiquei um ano sem ter um acidente de trabalho”, explica.

Depois disso, comprou uma pequena máquina de análises clínicas, para que os trabalhado­res deixassem de faltar e usar a desculpa de levar os filhos doentes ao hospital. Assim, surgiu a ideia de criar a clínica Anjos da Guarda, que, além dos trabalhado­res, também presta assistênci­a médica gratuita à vizinhança e às vítimas de acidentes de viação na Via Expresso.

“Vi muitos acidentes de viação na Via Expresso. Até chegarem ao Hospital Geral de Luanda ou ao Josina Machel, os sinistrado­s morriam pelo caminho. Comecei, então, a ajudar as pessoas que tinham acidente na Via Expresso. Hoje, gasto 720 mil kwanzas todos os dias para socorrer vítimas de acidentes naquela via. Graças a Deus, já ninguém morre na Via Expresso por falta de assistênci­a, como antigament­e acontecia. Muitas famílias já foram salvas pela clínica Anjos da Guarda”, refere.

O seu maior desafio é resolver os problemas ligados à Jefran e apostar em outros segmentos de negócios. Apesar das dificuldad­es, recorda que o objectivo é “ser rei no meio de príncipes. Muitos jovens olham para mim e querem ter o que tenho, mas não querem fazer o que faço. Todos os dias, acordo antes de dormir e as pessoas não querem isso. Trabalho como escravo para um dia viver como rei”, reforça.

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A clínica Anjos da Guarda

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