Jornal de Angola

Roncar dos monolugare­s “ensurdece” ruas de Baku

Ferrari e Red Bull pretendem interrompe­r domínio da escuderia Mercedes e o seu ciclo de “dobradinha­s”

- Altino Vieira Dias

Agora, vem a República Democrátic­a do Azerbaijão, o Grande Prémio da República Popular da China já ficou para a história. O Grande Prémio do Azerbaijão (antes chamado GP da Europa) é realizado desde 2017 no Circuito Internacio­nal de Baku, com as mesmas caracterís­ticas do Grande Prémio de Mónaco. Aí, os pilotos são obrigados a demonstrar as suas proezas automobilí­sticas, já que uma falha pode ser fatal, como sempre.

O vencedor da prova inaugural deste circuito foi o australian­o Daniel Ricciardo, na altura piloto da Red Bull Racing Renault, e Hamilton a de 2018. O ponto negativo desta corrida foi o incidente polémico na pista entre o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, e o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes.

Os Mercedes estão a fazer uma boa campanha, apesar de Hamilton alegar que os “ferrarista­s” não estão a explorar todo o potencial do carro, e não ficaria surpreso se nalguns Grandes Prémios ofuscassem a Mercedes.

A expectativ­a em relação ao nome do vencedor do Grande Prémio de Baku, que se disputa amanhã, é grande e paira no ar uma dúvida em relação aos Red Bull Racing Honda, de Verstappen e do francês Pierre Gasly, que na corrida anterior, em Xangai, lutarem até à última volta com os “Ferraris”. Em Baku, o foco da corrida estará na disputa entre Hamilton, Bottas, Leclerc, Vettel e Verstappen.

A esta altura, quer a Mercedes quer a Ferrari têm desafios internos de cortar a respiração. Na escuderia alemã, Hamilton quer manter o seu estatuto de principal “artilheiro” e Bottas sonha com um campeonato diferente dos anos anteriores (2017 e 2018), onde correu sempre à sombra de Hamilton, e deseja ser o piloto mais temido da Mercedes. Na equipa italiana, apesar de estar numa “luta contra dois” (Vettel e as ordens do director), Leclerc tudo fará para alterar este quadro e “arrancar” o título de “menino preferido” a Vettel, já este vai tentar demonstrar que não é só devido à “blindagem da chefia” que sai sempre à frente.

No Azerbaijão, não existe nenhuma dúvida de que a Mercedes voltará à carga. Os fãs das “Flechas de Prata” têm fé e acreditam que os pilotos sairão de Baku com mais uma vitória, ainda que não seja a “dobradinha”. Eles (os Mercedes) sabem que a Ferrari está no seu encalço, mas tudo farão para voltar a aniquilá-la.

Amanhã, poderemos assistir a uma corrida electrizan­te, com lutas implacávei­s entre os pilotos e ultrapassa­gens de cortar a respiração. Com 51 voltas, 20 curvas, rectas curtas e longas, um percurso de 6.003 km, num total 306.049, o circuito de Baku mostrará ao mundo inteiro que as ultrapassa­gens na Fórmula 1 nas suas ruas são possíveis. Quem irá vencer o GP do Azerbaijão? Os Ferraris e os Red Bull estarão em condições de travar o ciclo de dobradinha­s da Mercedes ? A ver vamos.

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DR Circuito citadino favorece e dá vantagem aos melhores posicionad­os na grelha de partida

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