A maka da água
A maka da água estar a ser fornecida com as três propriedades, gosto, cor e ausência de cheiro, completamente comprometida constitui um problema sério. Diz-se que a Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) reafirmou que a água, nas condições em que tem sido fornecida está inteiramente viável para ser consumida pela população. Trata-se de uma grande maka na medida em que não é necessário ser perito em hidráulica ou qualquer outra especialidade para ver que a água, em muitas localidades de Luanda, não está em condições de ser consumida. Se levarmos uma amostra da água que se está a fornecer a muitas famílias em Luanda à Organização Mundial da Saúde (OMS), não há dúvida de que esta instituição mundial vai dizer que o líquido não está de acordo com os seus padrões. Em todo o caso, o mais preocupante é o facto da EPAL não ter fornecido informações precisas sobre o que se está a passar exactamente com a água no estado em que está a ser fornecida. É verdade que quando chove cresce a possibilidade de água chegar turva às torneiras de numerosos agregados familiares. Mas não é menos verdade que essa situação sucede e tende a suceder todos os anos, facto que devia já levar a EPAL a envidar esforços no sentido de minimizar os efeitos desta realidade. Se todos os anos é assim, neste período e noutros quando os caudais dos rios aumenta por consequência das chuvas, era bom sabermos que estratégias a EPAL tem para minimizar esse problema recorrente da água chegar sempre turva.
GREGÓRIO BENTO Marçal