Nova estratégia
Escrevo para falar sobre os esforços, pelo menos assim me parecem, da companhia angolana de bandeira em optar por rotas africanas como uma nova estratégia. É verdade que em tudo isso se deve avaliar não apenas a necessidade, boa e oportuna, de ligar os países e cidades africanas, mas sobretudo a componente da viabilidade comercial das operações. Em minha opinião, acho que se trata de um grande esforço da parte da companhia angolana e quero lembrar a promessa conjunta entre o Presidente da República e o seu homólogo ruandês, segundo a qual os dois países ficariam ligados, via aérea, ainda este ano. Ruanda e Angola são dois países parecidos no que a sua História recente de conflito armado diz respeito. Logo, uma aproximação entre os povos, quer para fins turísticos, quer para fins económicos e comerciais, vai ser uma grande experiência. Os nossos homens de negócios podem encontrar oportunidades naquele país e, no sentido inverso, Angola poderá igualmente servir de destino de investimentos de homens de negócios ruandeses. É disto que a África precisa nesta altura em que os países ultrapassam com sucesso os desafios da luta pelo desenvolvimento económico. Espero que essa realidade se efective para que este exercício sirva como uma espécie de janela de oportunidade no quadro dos esforços para a integração económica no continente. Que surjam mais ligações aéreas com mais países africanos para que os Estados e povos possam trocar experiências que sejam mutuamente vantajosas.
ARTUR MONTEIRO Maculusso