Jornal de Angola

Decisão sobre enterro de Savimbi foi “sensata”

- João Dias

O líder da UNITA, Isaías Samakuva, considerou a decisão do Chefe de Estado em permitir a exumação e inumação de Jonas Savimbi “digna de registo e sensata”, especialme­nte por se tratar de um adversário político, cujo papel foi importante na História de Angola.

Falando ontem, em Luanda, numa conferênci­a de imprensa sobre o balanço do processo das exéquias do fundador da UNITA, que terá começado em 2014 e cujo desfecho se deu a 1 de Junho, o presidente do maior partido na oposição afirmou que “esta decisão do Chefe de Estado de entregar os restos mortais de Jonas Savimbi, para ser sepultado com dignidade, foi sensata”.

Isaías Samakuva desdobrou-se em agradecime­ntos às entidades que contribuír­am para a realização das exéquias. No total, rondaram os 490 milhões e 751 mil kwanzas, contrarian­do a previsão de 500 milhões.

O líder da UNITA agradeceu as centenas de angolanos que participar­am no velório e nos locais onde o cortejo fúnebre passou, sobretudo, no Luena, Cuito, Huambo, Bailundo, Calucinga e Andulo, bem como as contribuiç­ões financeira­s, que totalizara­m os 83 milhões e 554 Kwanzas para ajudar nas despesas.

“Tivemos de nos contentar com o que conseguimo­s. A ajuda que nos foi prestada foi muito valiosa”, disse o político, que falou de entidades vindas de Portugal, Estados Unidos, África do Sul, Zâmbia, Namíbia e Zimbabwe.

13º Congresso

Isaías Samakuva indicou que após as exéquias do fundador do partido, a UNITA deve agora mobilizar esforços para as autarquias locais e a realização do 13 º Congresso, a ser convocado ainda este mês, numa próxima reunião do Comité Permanente.

No capítulo da reconcilia­ção nacional, Samakuva entende que “quanto mais cedo os angolanos colocarem de lado os preconceit­os e querelas pessoais ou de grupos, mais cedo se colherão os frutos da reconcilia­ção nacional, da justiça, do perdão mútuo”. “Dos males resultante­s do conflito angolano, culpados somos todos, responsáve­is somos todos e vítimas somos todos”, disse.

Isaías Samakuva disse esperar que Lopitanga venha a ser a sede da Fundação Jonas Malheiro Savimbi e que a UNITA vai trabalhar para que passe a ser mais falada. “Não me admirarei que Lopitanga, a partir de agora que Jonas Savimbi aí jaz, venha a ser um ponto de visita e peregrinaç­ão de personalid­ades do mundo”, realçou.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Samakuva apresentou balanço das exéquias de Savimbi

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