Fórum de energia de África
Grande parte dos esforços da governação, acompanhados dos seus parceiros interessados, para acelerar o processo de desenvolvimento do que passa invariavelmente pelo fortalecimento do sector da Energia. Inclusive, para proporcionar competitividade aos produtos “Feito em Angola” com custos de produção inferiores ou semelhantes aos da região em que se insere, Angola precisa de aumentar a sua actual capacidade de produção de geração de energia. Para isso, o Executivo tem como uma das suas metas a atracção de investimentos naquele sector aproveitando, para o efeito, a apresentação de projectos feitos e por fazer, bem como todas as oportunidades.
O fórum de energia de África, que começa hoje na cidade de Lisboa e congrega mais de três mil personalidades de todo o mundo, seguramente, vai transformar-se numa das janelas de oportunidades para o Estado angolano. Numa altura em que o país precisa de elevar a capacidade de produção para alcançar 7.500 megawatts para fazer face às crescentes necessidades, o referido evento pode servir como uma espécie de “conferência de potenciais” investidores para o sector energético.
Hoje, há ainda um défice na produção de energia numa altura em que urge a contínua criação de condições para transformar o sector. Desde as reformas a nível da legislação para, entre outros, facilitar a entrada em cena de operadores privados, aos esforços para que a energia chegue a todos os cantos de Angola, os desafios são enormes. Mas a perspectiva de o país contar com investimentos privados constitui uma oportunidade relevante para o país.
Auguramos que a delegação angolana, chefiada pelo secretário de Estado para a Energia, António Belsa da Costa, consiga levar para o evento de Lisboa projectos e oportunidades de investimentos para que os mesmos sejam alvo de manifestação de interesse de personalidades e entidades presentes naquele evento.
Não são muitas vezes que os desafios para a atracção e captação de investimentos privados se apresentam com a dimensão e potencialidade como estas, razão pela qual a delegação angolana deve fazer todo o aproveitamento.
Angola e os países africanos, que se vão fazer representar em Lisboa, terão igualmente a oportunidade de partilhar informações e experiências relativamente às conquistas e avanços que cada um detém em matéria de desenvolvimento do sector da Energia.
Não há dúvidas de que, ao lado da energia hidroeléctrica, existe a área das energias renováveis, um campo em que Angola possui condições favoráveis para a sua produção. Considerado como das fontes mais baratas, ambientalmente amigável, o sector das energias renováveis precisa, fundamentalmente, de investimentos para os quais Angola se encontra aberto.
Para salvaguardamos os esforços de industrialização do país, de bemestar das populações, apenas para citar estes dados, não há dúvidas de que a energia eléctrica precisa de ser produzida com a garantia de investimentos públicos e privados.