Angola e Moçambique têm no BAD parceiro estratégico
O analista da Focus Economics Javier Colato, que segue a economia africana, considerou à Lusa que o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) é um parceiro chave no desenvolvimento de Angola e Moçambique através de doações e empréstimos financeiros.
“O BAD e outras organizações multilaterais são parceiros chave nos esforços de desenvolvimento de Angola e Moçambique”, disse Javier Colato quando questionado pela Lusa sobre qual a importância do BAD, cujos Encontros Anuais começaram ontem em Malabo (Guiné Equatorial) para estes dois países africanos.
“Ao fornecerem doações e empréstimos, estas instituições financiam um conjunto alargado de projectos para promover o desenvolvimento e o crescimento dos países”, acrescentou o analista, lembrando o caso do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Angola.
“O FMI tem estado a apoiar o Governo angolano na implementação de um programa de estabilização macroeconómica que está focado no fortalecimento da sustentabilidade das finanças públicas, na redução da inflação e num sector financeiro mais estável”, disse Javier Colato.
Os esforços, no valor de 3,7 mil milhões de dólares, “parecem ter começado a dar frutos, já que a economia angolana finalmente regressou ao crescimento económico no primeiro trimestre”, concluiu.
Os Encontros Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento começam hoje em Malabo, a capital da Guiné Equatorial, e prolongam-se até sexta-feira, tendo como tema a Integração Regional, num contexto da entrada em vigor do primeiro acordo de livre comércio generalizado em África.