Albinos têm consultas gratuitas no Uíge
A Associação de Apoio aos Albinos de Angola (4As) realiza entre os dias 12 e 22, no Uíge, consultas gratuitas de pele e visão a 500 albinos, anunciou o presidente da 4As, David Paulo Bunga, que conta, para o efeito, com parceria da ONG Compaixão Internacional do Brasil.
David Paulo Bunga, que falava à margem da Conferência Provincial Sobre o Albinismo, avançou que as consultas surgem no âmbito da Conferência Nacional Pró Albinismo, que decorre em Luanda, na quinta-feira, 13, com o objectivo de contribuir para mitigar os múltiplos factores de risco que geram vulnerabilidades em pessoas portadoras de albinismo.
O encontro juntou no Uíge, na última sexta-feira, mais de 100 pessoas, que falaram das dificuldades que enfrentam os albinos.
“Fomos notificados pela direcção nacional das 4As que, no âmbito da realização da Conferência sobre Albinismo, no dia 13 , ‘Dia Internacional de Consciencialização sobre Albinismo’, a ONG Compaixão Internacional mobilizará especialistas voluntários em Optometria e Medicina do Brasil para fazer consultas gratuitas de visão e da pele em albinos como uma acção concreta e prática à margem e depois da conferência”, esclareceu.
David Bunga disse que a equipa técnica de Optometria realizará entre quinze e vinte consultas por dia e prevê-se uma cobertura desta experiência de 500 consultas na província do Uíge e em Luanda, palco da conferência.
“A equipa de especialistas deslocar-se nesta missão ao município sede da província do Uíge para realizar as consultas e, posteriormente, em Agosto virão para a entrega dos óculos. A baixa visão e a fragilidade da pele são os grandes problemas dos albinos, por não possuírem pigmentos na pele, nos cabelos, nos pelos e nos olhos”, disse.
Caderno de Solidariedade
O presidente da 4As no Uíge, David Paulo Bunga deu por aberto um “Caderno de Solidariedade”, durante a Conferência Provincial sobre o Albinismo. David Bunga disse que o caderno vai mobilizar doadores voluntários interessados na causa dos albinos.
“A fraca capacidade económica das famílias a que muitos dos albinos pertencem dificulta os cuidados especiais de saúde que necessitam, razão pela qual levantamos uma ampla campanha de solidariedade destinada aos representantes de instituições públicas, privadas e da sociedade civil, interessados nos problemas dos albinos”, referiu.
Participaram da Conferência Provincial sobre o Albinismo membros do Governo, da Polícia Nacional, entidades eclesiásticas, representantes das organizações da sociedade civil, autoridades tradicionais e estudantes universitários. A Associação de Apoio aos Albinos de Angola (4As) no Uíge foi criada em 2016 e alberga 220 pessoas albinas com necessidades especiais diferentes.