Defesa do património entre as prioridades
Os representantes dos países africanos e chineses, que participaram no Fórum UNESCOÁfrica-China, realizado em Paris, concordaram em implementar, rapidamente, mais projectos conjuntos de conservação do seu património histórico e cultural, de forma a garantirem a sua salvaguarda para as gerações vindouras.
Durante o encontro, realizado na semana passada, os participantes decidiram também desenvolver directrizes e padrões de melhores práticas destinadas a monitorar os locais do património mundial africano e do da China, através do uso de tecnologia digital.
Angola, que também participou no fórum com uma delegação do Ministério da Cultura, aceitou também o compromisso de desenvolver mais acções conjuntas para melhorar a qualidade dos ficheiros de consultas e aumentar o número de sítios na lista do património mundial.
A chefe da delegação angolana, Carolina Cerqueira, reafirmou o compromisso de Angola pela protecção do seu património e elevação de outros, já seleccionados, assim como chamou atenção dos participantes para a gestão do Sítio Histórico de Mbanza Kongo e anunciou a realização da Bienal de Luanda da Cultura de Paz.
Os participantes recomendaram também, no final, que se desenvolva mais pesquisas e treinamento conjunto multidisciplinar entre os quadros e especialistas africanos e chineses quanto ao desenvolvimento sustentável e ao intercâmbio de ideias, para aumentar, desta forma, a consciencialização pública sobre o património mundial e o seu papel, assim como incentivar a formação de futuros técnicos na área.
O Fórum UNESCO-ÁfricaChina sobre construção e cooperação da capacidade do património mundial, realizado em França, foi organizado numa colaboração entre o Centro do Património Mundial, o Fundo do Património Mundial Africano e a Comissão da República da China para a UNESCO.
Ao longo da actividade, estiveram em debate questões relacionadas com os instrumentos e os mecanismos para a protecção do património mundial, a situação destes junto das comunidades, assim como os esforços comuns para a sua conservação em África e na China. No final, foi ainda assinado um memorando de colaboração de cinco anos entre os participantes para melhorar a gestão do património mundial nas regiões de África e da Ásia.