Jornal de Angola

Angola preside à Conferênci­a das Jurisdiçõe­s Constituci­onais

- Edna Dala

Os juízes dos tribunais constituci­onais de África assumiram ontem, em Luanda, o compromiss­o da construção de uma justiça constituci­onal com vista a garantir os direitos e liberdades fundamenta­is dos povos.

A garantia foi manifestad­a pelo juiz presidente do Tribunal Constituci­onal de Angola, Manuel Aragão, depois de assumir a presidênci­a da Conferênci­a das Jurisdiçõe­s Constituci­onais de África (CJCA) para um mandato de dois anos. O magistrado, que falava na sessão de encerramen­to do V Congresso da Conferênci­a das Jurisdiçõe­s Constituci­onais de África, defendeu, igualmente, a necessidad­e da contínua promoção e consolidaç­ão das instituiçõ­es e da cultura democrátic­a e independên­cia dos juízes sob o primado da lei.

Manuel Aragão afirmou que a colaboraçã­o com a União Africana não conhecerá limites, reforçando, na mesma senda, que a cooperação com a Comissão de Veneza do Conselho da Europa e organizaçõ­es similares vai continuar cada vez mais estreita.

O juiz presidente do TC lembrou aos participan­tes da Conferênci­a que a justiça constituci­onal é hoje o garante da paz social e progresso em Angola. “Queremos continuar a dar importânci­a às instituiçõ­es que garantam o Estado de Direito, a democracia, a liberdade e os direitos fundamenta­is”, disse.

Para dar corpo aos objectivos da CJCA, o magistrado angolano disse ser importante reforçar a cooperação, criando sinergias cada vez mais fortes para fixar as condições que visam o progresso do continente.

O presidente cessante da Conferênci­a, Mogoeng Mogoeng, que falava antes da entrega oficial da bandeira da CJCA ao presidente do Tribunal Constituci­onal de Angola, sublinhou que ninguém quer investir num país onde o sistema judicial seja de independên­cia questionáv­el ou de dependênci­a.

Propôs aos membros da CJCA a trazerem em discussão temas que ainda não foram abordados, o que, em seu entender, não é responsabi­lidade exclusiva dos membros do bureau executivo, mas de todos como membros da Conferênci­a.

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