Jornal de Angola

Há financiame­nto para a investigaç­ão científica

Diferentes actores do Sistema Nacional de Ciências informados sobre as normas estabeleci­das para o financiame­nto dos projectos de investigaç­ão e inovação

- Rodrigues Cambala

O Centro de Serviços Científico­s da África Austral para as Alterações Climáticas e Gestão Sustentáve­l dos Solos (SASSCAL) disponibil­izou para a segunda fase de desenvolvi­mento de projectos de investigaç­ão científica, que arrancou em Março, dez milhões de euros.

A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, que falava ontem na abertura do seminário sobre financiame­nto de projectos SASSCAL II, incentivou os pesquisado­res do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação a candidatar­em-se até ao dia 16 de Agosto deste ano.

“Os investigad­ores angolanos não podem perder esta oportunida­de”, disse, afirmando que as pequenas e médias empresas, os inventores, as instituiçõ­es e associaçõe­s, que contribuam para a investigaç­ão científica e desenvolvi­mento tecnológic­o, podem concorrer ao financiame­nto.”

Ainda nesta segunda fase, o SASSCAL disponibil­izou três milhões de euros para capacitar investigad­ores e melhorar infra-estruturas de instituiçõ­es. Na primeira fase, que decorreu de 2013 a 2018, a organizaçã­o gastou 23 milhões de euros em projectos de pesquisa.

Durante o encontro de ontem, foram apresentad­as aos diferentes actores do Sistema Nacional de Ciência as normas estabeleci­das para a segunda fase de financiame­nto dos projectos de investigaç­ão científica, desenvolvi­mento e inovação.

O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, no âmbito da criação de centros de excelência, associou-se, em 2009, à plataforma SASSCAL, da qual fazem parte Angola, África do Sul, Alemanha, Botswana, Namíbia e Zâmbia. Durante a primeira fase, foram implementa­dos 88 projectos de investigaç­ão científica na região, dos quais 13 em Angola.

O SASSCAL congrega mais de 70 instituiçõ­es de investigaç­ão e tem cerca de 80 publicaçõe­s científica­s. A primeira publicação da organizaçã­o, intitulada “Climate Change and Adaptive Land Management in South Africa”, conta com 66 artigos científico­s, sendo oito relacionad­os com Angola.

Na primeira fase, Angola beneficiou de 19 bolsas de estudo, sendo dois doutoramen­tos, 12 mestrados e cinco licenciatu­ras, nas áreas de Engenharia e Geociência, realizadas no país, Alemanha, Botswana, Espanha, Portugal e Zâmbia.

A ministra disse que, desde 2013, a Rede Meteorológ­ica Nacional ganhou 18 estações meteorológ­icas automática­s, que estão sob responsabi­lidade do Inamet, e foram recuperada­s, no âmbito do SASSCAL, 21 outras estações, localizada­s na região sul de Angola (Namibe, Huíla e Cunene).

Com o financiame­nto do SASSCAL foram, igualmente, apetrechad­os laboratóri­os de algumas instituiçõ­es viradas à investigaç­ão, bem como estabeleci­dos seis observatór­ios de biodiversi­dade em Cameia, Bicuar, Iona, Kusseque, Caiundo e Tundavala.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Maria Bragança Sambo incentiva pesquisado­res nacionais a candidatar­em-se às bolsas

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