Jornal de Angola

Líderes mundiais contra assédio sexual no trabalho

Chefes de Estado e de governos defendem a paz espiritual e a liberdade para que o cidadão possa conseguir, atráves do trabalho, o seu desenvolvi­mento material

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Líderes mundiais presentes na 108ª sessão da Conferênci­a Internacio­nal do Trabalho (CIT), que se realiza desde segunda-feira em Genebra, manifestar­am-se preocupado­s com a violência e o assédio sexual no trabalho.

Os Chefes de Estado e de Governo que participam na 108 º Conferênci­a Internacio­nal do Trabalho, que decorre em Genebra, desde o passado dia 10, no Palácio das Nações, manifestar­amse preocupado­s com a problemáti­ca da violência e do assédio sexual no mundo do trabalho.

Os estadistas que participam da também designada “Conferênci­a do Centenário” da Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho (OIT), são unânimes em afirmar, nas suas intervençõ­es, que os seres humanos, independen­temente da sua raça, crença ou sexo, têm o direito de efectuar o seu progresso material e desenvolvi­mento espiritual em liberdade e com dignidade, com segurança económica e oportunida­des iguais.

Para Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul, os líderes mundiais devem agir com urgência para a construção de um futuro de trabalho mais justo, inclusivo e seguro, com pleno emprego e trabalho digno para todos.

A Chanceler Alemã, Angela Markel, foi muito aplaudida quando interveio sobre o futuro do emprego centrado no ser humano, a desigualda­de em termos de oportunida­de e os abusos e excessos que ainda persistem no mundo do trabalho.

A Primeira-Ministra britânica, Theresa May, última oradora da sessão de ontem, falou da formulação de políticas eficazes com vista a geração de trabalho digno para os jovens e facilitar a transição da escola para o mundo do trabalho.

Para a chefe do Governo do Reino Unido, os líderes mundiais devem levar a bom termo a luta inacabada pela igualdade do género no trabalho através de uma agenda transforma­dora, que concretize a igualdade de participaç­ão e de remuneraçã­o entre mulheres e homens por trabalho de igual valor.

Outros oradores igualmente importante­s, foram os Chefes de Estado e de Governo da Itália, Sergio Mattarella, do Ghana, Nana Akufo-Addo, da Georgia, Salome Zourabichv­ili, do Cyprus, Nicos Anastasiad­es, do Reino do Eswatini, Sua Majestade Rei Ingwenyama Mswati III, da França Emmanuel Macron, de Malta George Vella e do Madagáscar, Andry Rajoelina.

A lista compreende ainda o Vice-Presidente da Costa do Marfim, Daniel Kablan Duncan, da Turquia, Fuat Oktay, do Peru, Mercedes Rosalba Fernandez, e os Primeiro-ministros da Russia, Dmitry Medvedev, da Tunisia, Youssef Chahed, da Eslovania, Marjan Sarec, de Luxemburgo, Xavier Bettel, da Suécia, Stefan Lofven, do Marroco, SaadEddine Ei Othmani e do Nepal, Sharma Oli.

Angola defende Justiça Social

A representa­nte permanente de Angola junto do Escritório das Nações Unidas, em Genebra, Margarida Izata, ao intervir no evento , disse que a Organizaçã­o Internacio­nal do Trabalho apela a todos os Estados-membros a trabalhare­m individual e colectivam­ente, numa base tripartida, a fim de promoverem a abordagem do futuro do trabalho centrada no ser humano e na promoção da justiça social.

Angola Assume a vicepresid­ência do evento que comporta dois segmentos de "Alto Nível", com a presença de mais de 50 Chefes de Estado e de Governo, incluindo o Secretário-geral da ONU, António Guterres e a Presidente da 73ªSessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a equatorian­a Maria Fernanda Espinosa.

A 108ª Sessão da CIT reúne, dentre outros actores internacio­nais e observador­es, 187 delegações tripartida­s dos Estados membros da OIT, para analisar os mais variados problemas que afectam a organizaçã­o.

O ministro da Administra­ção Pública Trabalho e Segurança Social, Jesus Faria Maiato, e o secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social, Manuel Jesus Moreira, são esperados em Genebra no dia 16 de Junho para participar do 2º segmento de “Alto Nível” do centenário da organizaçã­o, em que farão igualmente parte os chefes das delegações da CPLP, com destaque para o Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa.

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DR Líderes mundiais abordam os embaraços que assolam o cidadão em repartiçõe­s de trabalho

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