Jornal de Angola

Deputados interrompe­m uma sessão do Parlamento

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Os deputados da Guiné-Bissau interrompe­ram na terça-feira uma sessão parlamenta­r para protestar contra o actual impasse na composição da mesa que deveria conduzir os trabalhos e para exigir uma rápida solução para pôr fim à crise política que afecta e quase paralisa o país

A sessão da Assembleia Nacional Popular da GuinéBissa­u foi terça-feira à tarde, temporaria­mente, suspensa e mais tarde reiniciada depois de alguns deputados terem invadido a mesa.

De acordo com a Lusa, a sessão foi retomada ao fim de cerca de 40 minutos, depois de o presidente da Assembleia Nacional Popular da GuinéBissa­u, Cipriano Cassamá, ter suspendido o plenário do Parlamento.

Momentos depois do início da sessão, os deputados do Partido de Renovação Social e do Movimento para a Alternânci­a Democrátic­a (MademG15) invadiram a mesa do Parlamento, levando Cipriano Cassamá a suspender a sessão, quando se debatia a alteração dos pontos de discussão na ordem do dia.

O Parlamento da GuinéBissa­u iniciou terça-feira a sua segunda sessão ordinária da X legislatur­a, que vai decorrer até 22 de Julho.

Entre os vários pontos em debate, constam a eleição do segundo vice-presidente da mesa da Assembleia Nacional Popular.

Três meses depois das eleições legislativ­as, a 10 de Março, o novo Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

O Presidente guineense, José Mário Vaz, alega que só vai dar posse ao PrimeiroMi­nistro e ao Governo depois de ultrapassa­da a situação na composição da mesa do Parlamento. Contratos suspensos A nova central fotovoltai­ca da Guiné-Bissau que deveria começar a ser construída em Julho, logo que seja assinado o contrato com a empresa vencedora da empreitada, pode ter a inauguraçã­o adiada devido ao facto de o actual Governo não ter competênci­a legal para dar andamento ao processo por estar num mero exercício de gestão dos assuntos correntes.

O concurso para aquela central, com uma potência de 20 megawatts (MW), foi lançado em Maio, decorrendo a avaliação das 17 propostas concorrent­es, devendo em breve ser elaborado o relatório preliminar que indicará o vencedor, adiantou à Lusa, em Lisboa, o secretário de Estado da Energia da GuinéBissa­u, João Saad, à margem da abertura do XXI Fórum de Energia de África (AEF 2019).

A central “pode começar a ser construída logo após a assinatura do contrato com a empresa vencedora”, apontou João Saad, admitindo que isso possa acontecer em Julho, já que o acordo terá de ser assinado pelo novo Governo, que ainda não tomou posse.

Três meses depois das eleições legislativ­as, a 10 de Março, o novo Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau ainda não foi indigitado pelo Presidente guineense e o novo Governo também não tomou posse devido a um novo impasse político, que teve início com a eleição dos membros da Assembleia Nacional Popular.

Questionad­o pela Lusa sobre os efeitos deste impasse na actividade económica, João Saad adiantou que está a afectar “em larga medida” e esperou que se resolva em breve para se conseguir “resgatar o tempo perdido” e conseguir “dar um salto de trampolim” em termos económicos.

A central fotovoltai­ca que vai ser construída em Gardete, a 15 quilómetro­s da capital Bissau, tem um prazo de construção de 18 meses, adiantou o governante guineense.

Esta é uma das três centrais apoiadas pelo Banco de Desenvolvi­mento da África Ocidental (BOAD) que aprovou um financiame­nto de cerca de 40 milhões de dólares na GuinéBissa­u para a construção da central fotovoltai­ca de Bissau e duas mini centrais de 1 mw em Canchungo e Gabu.

As questões regulatóri­as e de enquadrame­nto ambiental são outros dos problemas que o Governo guineense quer resolver, acrescento­u.

O Parlamento da Guiné-Bissau iniciou terça-feira a sua segunda sessão ordinária da X legislatur­a, que vai decorrer até 22 de Julho. Dos pontos em debate consta a eleição do seu segundo vice-líder

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DR Impasse no Parlamento atrasa nomeação do Primeiro-Ministro, segundo o Chefe de Estado

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