Jornal de Angola

Angola é hoje destaque

- Cândido Bessa | Lisboa

Angola é destaque na sessão da tarde de hoje do Fórum de Energia de África, com intervençõ­es do secretário de Estado da Energia, António Belsa da Costa, e de responsáve­is de empresas nacionais ligadas ao sector.

O secretário de Estado da Energia tem, assim, mais uma oportunida­de de convencer os potenciais investidor­es e decisores do sector a investirem em Angola, depois de já o ter feito na manhã de terça-feira, para uma plateia com cerca de duas mil pessoas.

Além de Belsa da Costa, devem intervir o PCA da Rede Nacional de Transporte­s de Electricid­ade (RNT-EP), Rui Gourgel, o responsáve­l máximo do Instituto Regulador dos Serviços de Electricid­ade e de Água (IRSEA).

À margem do fórum, decorreu terça-feira um “cocktail” em que investidor­es e decisores aproveitar­am para contactos directos. O político e antigo vice-primeiro-ministro português, Paulo Portas, foi um dos oradores e destacou as potenciali­dades e oportunida­des que se abrem para o investimen­to energético em África. Paulo Portas destacou que, em função da necessidad­e de urbanizaçã­o e da demografia, há um grande potencial para investimen­to em energia no continente. perde 2,3 milhões deles anualmente, devido a constrangi­mentos empresaria­is, que poderiam reduzir-se em um milhão. “As quatro maiores dificuldad­es sentidas pelas empresas estão relacionad­as com os governos, como aquisição de licenças, mau funcioname­nto dos tribunais, Como exemplo, o político e investigad­or disse que, até 2025, a África vai ter 15 cidades com 15 milhões de habitantes, o que vai precisar de electricid­ade de qualidade para atender as indústrias, pessoas e, igualmente, facilitar a mobilidade urbana.

Sobre Angola, o político destacou o papel e os passos que estão a ser dados no país. “Angola é uma potência em África e está a fazer o seu caminho. Uma transição nunca é simples, nunca acontece de um dia para o outro, mas está a fazer uma transição para uma economia com mais concorrênc­ia e mais diversific­ada. Isto é que é essencial”, disse o político, sublinhand­o que o país tem muitas qualidades para atrair investimen­tos e que deve, por isso, aproveitar as oportunida­des.

“Até para aproveitar o acordo de livre comércio, quem tiver uma economia mais diversific­ada, com melhor logística, vai fazer chegar os produtos mais depressa, mas barato e com custos mais reduzidos do que se pagar tarifas aéreas”, disse.

Ainda hoje, representa­ntes da Nigéria, Etiópia, República Democrátic­a do Congo e Zimbabwe vão, igualmente, apresentar os seus projectos e buscar convencer os investidor­es presentes. instabilid­ade política e corrupção”, afirmou.

Resolvendo apenas estes quatro principais problemas relacionad­os com os governos, o continente reduziria a perda de postos de trabalho em mais de um milhão por ano, para menos de 1,3 milhões, sublinhou.

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