Jornal de Angola

Presidente é contra a greve dos taxistas

- Roque Silva

O presidente da Nova Aliança dos Taxistas de Angola (Anata), Geraldo Wanga, denunciou, ontem, a existência de um grupo de indivíduos identifica­dos, que têm usado o nome da associação para realizar e promover actividade­s clandestin­as, com o propósito de tomar à direcção à revelia.

O dirigente associativ­o, que falava ao Jornal de Angola, reagia a uma informação que circula nas redes sociais , segundo a qual a Anata convocou os associados para uma greve com início no passado dia 10.

A informação, também publicada num jornal, anuncia “a paralisaçã­o, mediante greve, dos taxistas que fazem as rotas Vila de Cacuaco - Benfica e Vila de Cacuaco - Zango 4 e vice-versa, devido aos abusos constantes de autoridade de supostos agentes do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) e a falta de paragens”.

Geraldo Wanga diz que demarca-se da informação por tratar-se de “um grupo de pessoas devidament­e identifica­da, com intenção de fazer desacredit­ar o trabalho desenvolvi­do pela direcção da Anata, visando chamar atenção dos membros e forçar uma manifestaç­ão, para no final tomarem de assalto a gestão da associação”.

O presidente da Anata acusa o grupo de acções ilegais na sequência de “reuniões clandestin­as” num escritório de advogados em Viana, e “usam o logótipo da associação para atrair os membros e promoverem manifestaç­ões”.

Geraldo Wanga afirmou que o caso foi denunciado em Fevereiro ao Comando Provincial da Polícia de Luanda e ao Governo da Província de Luanda, “mas até ao momento não houve resposta”.

Táxis circulam

O movimento dos “azuis e brancos” nas rotas em que o serviço de táxi supostamen­te estaria paralisado, após convocação de greve tem sido regular. A reportagem do Jornal de Angola percorreu pelos trajectos Vila de Cacuaco Benfica e Vila de Cacuaco Zango 4 e confirmou a presença massiva destas viaturas a circularem. As paragens na avenida Fidel de Castro Ruz e na estrada direita do Zango não estavam lotadas, sendo as pessoas que usam esse importante meio para se deslocarem a escola ou ao serviço não tiveram qualquer problema para se locomovere­m.

Margarida Pedro, moradora do Zango, explicou que não teve dificuldad­es em apanhar táxi. “Não há aglomerado de pessoas nas paragens. Fui e voltei do serviço sem constrangi­mentos ”.

O taxista Yuri Belson, membro da Anata, disse que não aderiu à greve por conhecer o realproble­maqueassol­aadirecção. Referiu que apesar da convocação da greve, “o ambiente de trabalho está indiferent­e”

Carlos Paulino, por sua vez, confirmou que há uma luta pelo cadeirão da associação porque “muitos pensam que a associação factura muito”.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Geraldo Wanga reafirma que os taxistas estão em serviço

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