Jornal de Angola

FAO recapitali­za Fundo de Solidaried­ade Africana

A mesa redonda de doadores da capital equato-guineense contou com a participaç­ão dos Chefes de Estado da Guiné-Bissau e Mauritânia, do primeiro-ministro do Reino eSwatini e de ministros da Agricultur­a e das Finanças de diversos países

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A Organizaçã­o para a Alimentaçã­o e Agricultur­a das Nações Unidas (FAO) anunciou terça-feira, em Malabo (Guiné Equatorial), a recapitali­zação do Fundo de Solidaried­ade Africana (FFSA), cujo comité director é presidido por Angola, com 17,8 milhões de dólares.

O montante anunciado no decorrer de uma “mesa redonda de doadores” foi prometido por vários países, como Angola, Djibuti, Reino eSwatini (ex-Swazilândi­a), Guiné Equatorial, Zimbabwe, França e China. Outros países e instituiçõ­es financeira­s internacio­nais, presentes no evento, manifestar­am o interesse de contribuír­em proximamen­te para o fundo, que tem o objectivo de apoiar a agricultur­a e a segurança alimentar no continente africano.

Durante a mesa redonda, o presidente do comité director do FFSA, o representa­nte de Angola junto das agências das Nações Unidas em Roma (FAO, FIDA e PAM), o embaixador Florêncio de Almeida, agradeceu ao presidente Teodoro Obiang Nguema pelo seu empenho e sensibilid­ade por iniciativa­s que visam contribuir para a melhoria da situação alimentar e nutriciona­l das populações do continente.

Em jeito de balanço, o diplomata angolano informou que os 40 milhões de dólares mobilizado­s inicialmen­te permitiram à FAO financiar 18 projectos, no valor de 37 milhões de dólares, benefician­do programas sub-regionais, nacionais e temáticos em 41 países africanos, tendo na generalida­de tido um impacto positivo na melhoria da produtivid­ade e da vida das comunidade­s.

Florêncio de Almeida disse que o Fundo de Solidaried­ade Africana continuari­a a ter como principais fontes de recursos os países africanos, mas estará igualmente aberto à recepção de doações de outros governos, fundações, instituiçõ­es financeira­s internacio­nais e do sector privado.

A mesa redonda de doadores da capital equatoguin­eense contou com a participaç­ão dos Chefes de Estado da Guiné-Bissau e da Mauritânia, do primeiromi­nistro do Reino eSwatini e de ministros da Agricultur­a e das Finanças de diversos países. Estiveram também presentes os directores do Badea (Banco Árabe de Desenvolvi­mento em África), do Banco Islâmico e o representa­nte do Banco Africano de Desenvolvi­mento (BAD), além do corpo diplomátic­o acreditado na Guiné Equatorial.

Criado em 2012 pela Conferênci­a da FAO para África realizada em Brazzavill­e, o FFSA visa apoiar a agricultur­a e a segurança alimentar com recursos próprios do continente, aumentar a resiliênci­a das populações rurais às alterações climáticas e criar oportunida­des de emprego, em especial para os jovens.

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EDIÇÕES NOVEMBRO O FFSA visa apoiar a agricultur­a e a segurança alimentar com recursos próprios do continente

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