Jornal de Angola

SME prepara legalizaçã­o massiva

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Um processo de legalizaçã­o massiva para estrangeir­os indocument­ados pode ocorrer este ano, anunciou ao Jornal

de Angola a directora do Gabinete de Comunicaçã­o e Imprensa (GCII) do Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME).

Já foram realizados estudos sobre o assunto, estando em preparação um processo de selecção, que, caso termine com sucesso, dá lugar às legalizaçõ­es, declarou Teresa Silva, em reacção a trechos da entrevista de Tounkara Saidou, presidente da Acção para o Desenvolvi­mento dos Jovens Angolanos e Estrangeir­os (ADJAE).

A subcomissá­ria sublinhou que, no ordenament­o jurídico angolano, o processo de legalizaçã­o está previsto no Estatuto do Refugiado, a Lei 10/15, de 17 de Fevereiro, mas, uma vez que o SME trabalha em regime de equilíbrio nas decisões, a opção pela legalizaçã­o massiva ainda não foi aplicada.

Num outro momento, disse Teresa Silva, a decisão de legalizar foi tomada num período probatório, quando a lei que dá respaldo legal ao processo foi anulada e a que a substitui ainda não entrou em vigor.

Direitos previstos

A responsáve­l chamou a atenção para o facto de os migrantes autorizado­s a exercer actividade­s económicas são os abrangidos na convenção de 1951, do Estatuto do Refugiado, que prevê o direito ao exercício de profissões liberais.

Angola, porém, só permite que estrangeir­os operem no sector do comércio se tiverem a documentaç­ão requerida, o que, a acontecer, dá aos migrantes que exerçam profissões liberais os mesmos direitos que um cidadão angolano tem no domínio dos serviços precários.

A responsáve­l advertiu sobre o cadastrame­nto revelado pelo presidente da ADJAE, alertando que um tal processo é da competênci­a do Estado angolano, através do SME, em parceria com o Alto-Comissaria­do das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e Organizaçã­o Internacio­nal para as Migrações.

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