Cooperação institucional facilita formação técnica
O processo de formação dos técnicos penitenciários das Forças Armadas Angolanas (FAA) deve continuar através da cooperação com outras instituições no sentido de reforçar os conhecimentos, recomendou sexta-feira a X Reunião Metodológica dos Serviços Penitenciários Militares, realizado de 20 a 21 em Caxito (Bengo).
No fim do encontro, que decorreu sob o lema "Com o pensamento no futuro, elevemos a qualidade e a competência dos técnicos penitenciários militares", os participantes recomendaram a observância com rigor da avaliação periódica dos técnicos penitenciários.
A reunião metodológica recomendou igualmente que se continue a melhorar as condições de infra-estruturas e de acomodação dos reclusos e efectivos.
O vice-procurador-geral da República para a esfera Militar e procurador Militar das FAA, Adão Adriano António, que encerrou o encontro, disse esperar uma resposta aos desafios do Estado e das Forças Armadas Angolanas por parte dos efectivos, no âmbito da execução de penas e das medidas de segurança. O procurador António Adriano disse esperar também empenho dos serviços penitenciários militares na materialização da política criminal traçada pelo Estado que visa a prevenção de crimes, a redução e a reinserção militar e social dos reclusos.
O magistrado falou das dificuldades de vária ordem que o país atravessa, mas salientou que se deve encarar como uma oportunidade para trabalhar pensando no desenvolvimento da nação e, em particular, das infraestruturas penitenciárias militares.
O responsável garantiu que alguns estabelecimentos prisionais militares estão a receber já obras de requalificação e reabilitação no sentido de garantir melhores condições de trabalhos aos técnicos das penitenciárias e aos reclusos.
O magistrado disse que é também pretensão dos Serviços Prisionais dotar os reclusos de formação profissional em áreas como Agricultura e Informática.
Durante a X Reunião Metodológica, que teve a duração de dois dias, foram discutidos temas como “Os desafios dos serviços penitenciários hodiernos em Angola”, “Medidas de coacção pessoal e os meios de controlo à distância” e “A Lei das Carreiras dos Militares das FAA”.