Teatro concilia culturas nos palcos de Maputo
Organização considera os objectivos cumpridos e reforça o compromisso de fortalecer a cooperação entre os lusófonos
A 16ª edição do Festival Internacional de Teatro de Inverno de Moçambique (FITI) encerrou, domingo, na cidade de Maputo, com um balanço positivo, devido à aproximação cultural, criada entre os participantes, num clima de irmandade que ajudou a fortalecer o intercâmbio artístico.
O festival, aberto no dia 24 de Maio, ficou ainda marcado pela presença assídua do público. Entre os espectáculos mais aplaudidos, constam os deste último final de semana, que ajudaram a dar uma visão diferente sobre as realidades sociais de alguns países africanos e da América Latina. As companhias de Angola, Brasil e de Moçambique, país anfitrião, deram provas de que o teatro é um bom avaliador das mudanças sociais ao longo do tempo.
De carácter demonstrativo, o festival, explicou no final a organização, conseguiu, novamente, pautar por temas capazes de trazerem reflexões actuais sobre diferentes realidades e contextos socioculturais dos países que partici param na “festa do teatro”. Sobretudo, ficou claro, que o teatro, como uma arte milenar tem a capacidade de agregar simetrias em defesa das pessoas.
As oficinas e seminários realizados, durante o festival, serviram para mostrar a importância de se fortalecer mais a cooperação entre a lusofonia, utilizando o teatro como ponte para agregar todos.
O pouco envolvimento dos mecenas, por falta de uma diplomacia cultural activa e actuante, é, para os artistasum dos maiores entraves para a dinamização e a promoção das artes. Este ano, Angola participou com a companhia de Teatro Artes Sol, com a peça “Tomará que chova...mas bem longe daqui”. O moçambicano Sérgio Mabombo, dramaturgo autor da peça “A Cavaqueira no Poste”, adaptada pela Companhia de teatro brasileira “Dragão 7”, com o título “Que Deus lhe dê em dobro”, foi o homenageado desta edição.
Ontem, o humorista angolano Gilmário Vemba apresentou o monólogo, “O Imortal”, e a companhia Girassol encerrou o FITI com a peça “Os Desaparecidos”.
Ao longo do festival, actuaram companhias moçambicanas, angolanas, sul-africanas e espanholas, num total de 22.