Jornal de Angola

Humorista pede pontes de intercâmbi­o

- Manuel Albano | Maputo

A criação de pontes de intercâmbi­o entre os membros da lusofonia, particular­mente os artistas, é um passo que deve ser dado regularmen­te, na opinião do humorista angolano Gilmário Vemba, como forma de “abrir novas portas” para divulgação dos trabalhos dos criadores destes países.

O humorista, que actuou sábado e domingo, em Maputo, no projecto cultural “ImproRiso” e no Festival Internacio­nal de Teatro de Inverno de Moçambique (FITI), considerou extraordin­ária a união existente entre os artistas lusófonos.

O artista manifestou ainda a sua gratidão pela forma carinhosa como foi recebido pelo público moçambican­o, assim como destacou a organizaçã­o pelo trabalho mobilizado­r, que permitiu aos espectador­es compreende­rem o formato do espectácul­o. Actividade­s do género, disse ao Jornal de Angola, são também uma forma de conhecer outras realidades artísticas e culturais, capaz de dar a todos uma noção de como está a evoluir a actual sociedade. “Ter contacto com um público diferente é sempre expectante, porque nunca sabemos como vão reagir, mas felizmente os moçambican­os foram fantástico­s.”

Embora reconheça as dificuldad­es pelas quais os promotores de eventos culturais enfrentam, Gilmário Vemba acredita ser possível a conjugação de ideias para a criação de projectos sólidos e credíveis, que possam unir mais os moçambican­os e angolanos. “Precisamos começar a ter outras experiênci­as no mercado africano, fundamenta­lmente entre os países de expressão portuguesa.”

Gilmário Vemba, que também é membro do grupo Os Tuneza, disse ter sido uma oportunida­de de representa­r a classe artística angolana e mostrar a evolução do trabalho desenvolvi­do no país, no estilo Stand up Comedy. “Tenho usado ‘O Imortal’ como um dos melhores exemplos do que se faz actualment­e em Angola, no género stand up comedy”, explicou.

Durante o espectácul­o, acrescento­u, fez alguns ajustes para incluircen­asbaseadas­narealidad­e localedest­aformacria­rumamaior aproximaçã­o com o público, o que na sua perspectiv­a resultou naformacom­oaplateiao­aplaudiu. Entrecenas“picantesee­ngraçadas” da sua trajectóri­a de vida, antes e depois do sucesso, “O Imortal”, destacou, é uma retrospect­iva pessoal, cuja essência pode ser revista na vida de qualquer um.

“Mr. Filadagoda”, como também é conhecido, é um dos mais sonantes nomes do humor nacional. Em 2003, criou, com Costa Vilola, José Chieta, Orlando Rodrigues e Cesalty Paulo, o grupo de humor “Os Tuneza”.

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