Angolanos pararam para assistir a selecção
Fluidez no trânsito e estado quase “deserto” de algumas ruas na zona baixa da cidade de Luanda marcaram, ontem, o ambiente de estreia da Selecção Nacional diante da similar da Tunísia, no CAN do Egipto.
Decidida em medir a pulsação dos espectadores, a equipa do Jornal de Angola fez uma ronda pelas diferentes artérias. Na Ilha do Cabo, muitos restaurantes estavam quase vazios, mas no “Do Monteiro” encontrámos uma tela gigante, onde cerca de 15 adeptos assistiam à partida.
Junto do proprietário, José Monteiro, apurámos que mais pessoas eram esperadas naquele espaço. "Temos essa tela sempre disponível para os grandes jogos. Hoje, com a selecção, não podia ser diferente. Os nossos clientes têm conhecimento", explicou.
Do lado de fora do restaurante, outros amantes da modalidade acompanhavam o desafio. Ainda na Ilha, visitámos o "Beiral", um recinto onde mais de 50 adeptos dos Palancas Negras, incluindo crianças , mostravam-se atentos a cada investida da selecção.
Devido à exiguidade do espaço, algumas pessoas seguiram o encontro sentados no chão. Se de um lado a maioria acreditava na vitória, outros continuavam cépticos em relação à prestação de Angola. O golo de Djalma Campos, aos 73 minutos, fez as pessoas saltarem das cadeiras e renascer a esperança. A postura de Mateus Galiano, Wilson e Herenilson motivou os assobios e aplausos dos espectadores. Depois da Ilha, seguimos para a Nova Marginal, passámos também pelos bairros Azul e Maianga. O cenário isolado nas ruas indicava que grande parte dos angolanos optou por assistir a estreia dos Palancas em casa. Em algumas roulottes era visível o aglomerado de pessoas.