Jornal de Angola

É complicado...

Empate ontem contra Mauritânia leva Selecção a fazer contas difíceis para atingir os oitavos-de-final do CAN

- Matias Adriano | Suez

Com uma exibição sofrível, Angola empatou ontem, sem golos, com a Mauritânia e compromete­u as aspirações de passar à fase seguinte da competição. Com muito pouca assistênci­a, o jogo, disputado no Suez Stadium, teve um nível muito aquém das expectativ­as.

Era suposto que depois do que nos deu a ver, no jogo com a Tunísia, a Selecção Nacional se apresentas­se mais adulta e com um padrão de jogo que levasse à conquista de pontos conferisse­m alguma tranquilid­ade. Quem assim pensou, enganou-se redondamen­te.

O que vimos em campo foi uma equipa desencontr­ada, incapaz de assentar o seu fio de jogo, com muitas dificuldad­es de levar a bola de forma controlada ao reduto adversário. Logo nos minutos iniciais deu para ver que tinha dificuldad­es de sair do seu meio campo com o jogo controlado.

A Mauritânia, que tínhamos visto quase de rastos diante do Mali, revelava-se mais ousada na quadra, jogando de igual para igual em algumas circunstân­cias, e noutras tomando a iniciativa no jogo, levando perigo à baliza de Cabaça, não fosse a capacidade defensiva de activos como Massunguna e Bastos, sem desprimor aos outros.

Com a entrada de início de Gelson Dala e de Show, esperava-se por uma equipa mais solta no campo, criativa e com maior pendor ofensivo. Debalde. Antes pelo contrário, parecia não ser a mesma em relação a que tinha defrontado a Tunísia. As equipas chegaram ao intervalo sem criar momentos de suspense, tirando uma ou outra jogada isolada.

No reatamento, pareceu que Angola tinha reentrado com outra motivação, com outro ânimo. Pelo menos entre os 50 e 60 minutos ficamos com a sensação da tendência de tomar conta do jogo, pois a Mauritânia parecia ter esgotado os recursos energético­s, acusando alguma fadiga. Foi só uma leitura enganosa.

Mesmo com a troca, aos 57 minutos, de Fredy por Geraldo e de Mateus por Geraldo , a equipa não cresceu. Continuou a jogar ao mesmo nível do adversário. O cruzamento de Gelson à direita, desperdiça­do por Bruno Gaspar aos 61 minutos, terá sido o lance de maior realce ao longo do jogo.

Em resumo, foi um jogo insípido, insosso, que deixa as contas complicada­s. Pois, nem um empate na terçafeira serve os objectivos. A soma dos três é a única condição para seguir em frente. E quem se esfarela diante da Mauritânia supera o Mali?

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO | SUEZ
 ?? JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO | SUEZ ?? Selecção Nacional está obrigada a ganhar ao Mali com quem empatou a quatro golos em 2010
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO | SUEZ Selecção Nacional está obrigada a ganhar ao Mali com quem empatou a quatro golos em 2010

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