Jornal de Angola

Supremo retoma hoje “Caso CNC”

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O Tribunal Supremo retoma hoje o julgamento do “Caso CNC”, em que o ex-ministro dos Transporte­s, Augusto Tomás, mais três ex-gestores, são acusados de desvio de fundos públicos.

O Tribunal Supremo retoma hoje o julgamento do “Caso Conselho Nacional de Carregador­es (CNC)”, em que o ex-ministro dos Transporte­s, Augusto Tomás, mais três exgestores, são acusados de desvio de fundos públicos.

Na última sessão de julgamento, o réu Eurico da Silva confessou que recebeu indevidame­nte dinheiros do CNC e reafirmou o desejo de colaborar com a Justiça na descoberta da verdade dos factos.

O réu, que chegou a ser director-geral adjunto para a Administra­ção e Finanças do CNC durante sete meses (entre 23 de Fevereiro e 21 de Setembro do ano passado), é acusado de três crimes, designadam­ente um de recebiment­o indevido de vantagem na forma continuada, um de concussão, também na forma continuada, e um outro de associação criminosa.

Quando respondia às perguntas do juiz presidente do processo que ficou conhecido por “Caso CNC”, Eurico da Silva revelou que, entre 2012 e 2015, beneficiou de 325 mil dólares e dez milhões de kwanzas, resultante de comissões pela recepção de dinheiros de empresas em que o CNC tinha compartici­pações sociais. Nesta altura, o agora réu era técnico superior de 2ª classe, mas com a função de coordenado­r das participaç­ões do CNC.

No período entre 2015 e 2017, o réu Eurico da Silva beneficiou ainda de 195 mil dólares, sobretudo quando exercia o cargo de chefe do Gabinete de Monitorame­nto e Controlo do CNC, entretanto não previsto nos estatutos da instituiçã­o, mas que supostamen­te estaria dependente do Gabinete de Estudos, Planeament­o e Estatístic­a. De todos os valores que se beneficiou, o réu disse ter devolvido 49 milhões de kwanzas, com a ajuda de contribuiç­ões de familiares.

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AGOSTINHO NARCISCO | EDIÇÕES NOVEMBRO Réus respondem em juízo pelo descaminho de fundos públicos

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