“Passo Seguro” devolve esperança a amputados
Vivânia Vapor, 14 anos, natural de Luanda, Julião Cabral, 16, e Justina Mandele, 17, os dois últimos naturais da província do Huambo, foram os primeiros a beneficiar de próteses endoesqueléticas do projecto “Passo Seguro”.
A cerimónia de entrega de próteses endoesqueléticas a duas crianças vítimas de acidente de viação e uma por queimadura, realizou-se na noite de sábado em Luanda, durante a 8ª edição da gala denominada “Momento Solidário”, da Fundação Lwini.
Vivânia Vapor, após ter recebido a prótese dos dois membros superiores e um inferior das mãos do engenheiro mecatrónico de nacionalidade brasileira, Thiago Jucá, disse ao Jornal de Angola que renasceu a esperança de voltar a viver.
Apesar das limitações físicas que a adolescente vive, Vivânia Vapor não deixa de alimentar o sonho de um dia ser arquitecta. “Agora, com a prótese, já é possível fazer renascer a minha grande paixão pela arquitectura”, precisou.
A presidente da Fundação Lwini, Ana Paula dos Santos, disse que, apesar da crise que o país atravessa, ainda é possível notar o espírito solidário na sociedade angolana e encontrar pessoas singulares que ajudam os mais desfavorecidos.
Referiu que se trata de uma iniciativa que já existe desde 2012, com a finalidade de adquirir próteses endoesqueléticas para amputados transtibiais.
A 8.ª edição da gala de beneficência da Fundação Lwini juntou estilistas nacionais e estrangeiros, que apresentaram peças exclusivas das suas colecções, com vista a arrecadar dinheiro para apoiar crianças e mulheres vítimas de guerra, doenças ou acidente.
Os estilistas nacionais Tatiana Pereira, Soraya da Piedade e Iracelma Matias solidarizaram-se com a nobre causa da Fundação Lwini, exibindo oito peças das suas melhores colecções, durante o desfile de modelos nacionais.