Ajuda chinesa destacada pelo Banco Mundial
A capacidade de produção de energia eléctrica em Angola, um dos factores críticos para o desenvolvimento do país, tem vindo a registar um aumento devido ao apoio prestado pela China, segundo o Banco Mundial.
A avaliação do Banco Mundial é feita num recente diagnóstico ao sector privado angolano, com o título “Criação de mercados em Angola – Oportunidades de desenvolvimento do sector privado”, em que são identificados como áreas de intervenção prioritárias a agro-indústria, os transportes, as tecnologias de informação e comunicação, a saúde, a educação e os serviços financeiros, além da energia eléctrica.
“Com apoio financeiro da China, Angola efectuou melhorias notáveis na capacidade de produção, apesar do acesso à energia eléctrica continuar limitado”, refere o relatório.
O Banco Mundial informou igualmente que a capacidade de produção de energia eléctrica mais do que duplicou desde o final da guerra civil (2002), atingindo em 2017 cerca de 3,3 gigawatts, dos quais 59,5 por cento a partir de fontes hídricas e o restante de combustíveis fósseis. Isto, depois do projecto hidroeléctrico Cambambe II (700 megawatts) ter entrado em operação em meados de 2017.
O diagnóstico do Banco Mundial adianta que a transmissão e distribuição continuam a ser “desafios fundamentais para o sector”, sendo que apenas 30 por cento da população tem actualmente acesso a energia eléctrica (43 por cento nas cidades e apenas 8,0 nas zonas rurais). “O acesso à energia eléctrica é um problema para muitas empresas, incluindo em Luanda e nas zonas industriais (como Viana, zona suburbana de Luanda), o que força as empresas a depender de geradores de energia caros.
Os geradores também são necessários como reserva devido à pouca fiabilidade do fornecimento de energia. O consumo de energia eléctrica por parte do sector industrial é baixo, correspondendo a apenas 8,0 por cento da produção total”, refere o relatório.