OPEP prolonga cortes da produção de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) concordou ontem na extensão dos cortes de produção até Março de 2020, noticiou a Reuters citando três fontes da organização, que disseram que tinham sido superadas diferenças do cartel na procura da elevação dos preços do petróleo, num contexto de enfraquecimento da economia global e ao aumento da produção dos Estados Unidos.
O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos declarou à imprensa, à entrada da Reunião do Comité Conjunto de Monitorização da OPEP e Aliados, em Viena, Áustria, defender um prolongamento dos cortes de produção por nove meses, de acordo com informações obtidas ontem pelo Jornal de Angola.
Diamantino Azevedo respondeu “nove é melhor” à pergunta de um jornalista sobre se apoiava o prolongamento dos cortes da produção de petróleo por cinco ou nove meses, um dos temas de debate da reunião do Comité que inclui os países membros de OPEP e aliados liderados pela Rússia.
Em Dezembro, a OPEP+, como é designada essa aliança, suprimiu a produção do bloco em 1,2 milhões de barris por dia (bpd), em que os 11 membros do cartel reduzem 800 mil e os outros 400 mil barris por dia.
Informações disponíveis indicam que os representantes angolanos sentem-se à vontade ao decidir a favor dos cortes, o que decorre do facto do declínio da produção dado pelo envelhecimento de alguns poços não permitir alcançar a quota que prevalecia em Dezembro de 2018, de 1 673 mil bpd.
Noutras respostas, o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos apresentou as licitações como parte dos projectos de investimento no sector petrolífero e refutou uma “crise” de derivados do petróleo. “Não existe crise: isso foi há dois meses”, afirmou o ministro.
Diamantino Azevedo termina hoje a deslocação à sede do cartel em Viena, depois de participar na 176ª Conferência de Ministros da OPEP, liderando uma delegação que inclui os presidentes do Conselho da Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e da Sonangol, Paulino Jerónimo e Sebastião Gaspar Martins, respectivamente.