Quiculungo regista carência de médicos e de enfermeiros
Objectivo das autoridades sanitárias da província do Cuanza-Norte é baixar os índices de mortalidade nas comunidades, numa altura em que em certas localidades da região se registam melhorias no fornecimento de água potável à população
O sector da Saúde no município de Quiculungo, província do Cuanza-Norte, necessita de quatro médicos e 30 técnicos nas especialidades de Pediatria, Ginecologia-Obstetra, Cirurgia e Ortopedia.
O administrador municipal de Quiculungo, localidade habitada por mais de 11 mil pessoas, disse que o Bloco Operatório e o aparelho de Raio X da localidade estão inoperantes. David Buba informou que, para suprir tais necessidades, o Gabinete Provincial da Saúde enviou recentemente ao município mais dois médicos.
O responsável informou que o Hospital Municipal de Quiculungo tem capacidade para 60 camas e serviços de Pediatria e Maternidade, cujo funcionamento global é assegurado por 75 técnicos de saúde e dois médicos que trabalham em regime de contratos. Os postos de saúde funcionam com técnicos contratados e remunerados pela Administração Municipal. O paludismo, diarreia aguda, tuberculose e as insuficiências respiratórias são as doenças mais frequentes na região.
Quiculungo conta com 12 unidades sanitárias, entre as quais um Hospital Municipal, um Sanatório, nove postos de saúde construídos nas aldeias de Kibanda, Tita, Bonzo, Ngongolo, Zambi Kiama I, Cacoxi, Capata, Kianvo e Kihezo. O município, que faz fronteira com as regiões de Bolongongo, Ambaca, Samba-Caju e Banga, é composto por quatro sectores e 33 aldeias. A sua superfície terrestre é de 475 quilómetros quadrados.
Água potável
O fornecimento de água potável aos habitantes das localidades de Canhoca e Zavula, na província do Cuanza-Norte, foi já reposto depois de cerca de seis meses de interrupção.
A interrupção deveuse à falta de um relé (interruptor mecânico), bateria, combustível para o gerador que alimenta o sistema de captação e distribuição de água. Estes materiais já foram adquiridos pelo Governo Provincial e os habitantes das localidades deixaram de viver o calvário da falta de água.
Nas duas comunidades o fornecimento de água é feito em cinco horas por dia, com o recurso a dois reservatórios, um com capacidade de armazenamento de 90 metros cúbicos e outro com 80, ambos alimentam dez chafarizes.
O responsável das duas localidades, Joaquim Domingos, informou que, para o fornecimento regular de energia eléctrica, são necessários, no mínimo, 1.900 litros de gasóleo por dia. O governador do Cuanza-Norte, Adriano Mendes de Carvalho, disse que os munícipes vão viver dias melhores com a implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, que tem disponível mais de dois mil milhões de kwanzas para todo o país.