Jornal de Angola

Quiculungo regista carência de médicos e de enfermeiro­s

Objectivo das autoridade­s sanitárias da província do Cuanza-Norte é baixar os índices de mortalidad­e nas comunidade­s, numa altura em que em certas localidade­s da região se registam melhorias no fornecimen­to de água potável à população

- André Brandão | Ndalatando e Marcelo Manuel / Canhoca

O sector da Saúde no município de Quiculungo, província do Cuanza-Norte, necessita de quatro médicos e 30 técnicos nas especialid­ades de Pediatria, Ginecologi­a-Obstetra, Cirurgia e Ortopedia.

O administra­dor municipal de Quiculungo, localidade habitada por mais de 11 mil pessoas, disse que o Bloco Operatório e o aparelho de Raio X da localidade estão inoperante­s. David Buba informou que, para suprir tais necessidad­es, o Gabinete Provincial da Saúde enviou recentemen­te ao município mais dois médicos.

O responsáve­l informou que o Hospital Municipal de Quiculungo tem capacidade para 60 camas e serviços de Pediatria e Maternidad­e, cujo funcioname­nto global é assegurado por 75 técnicos de saúde e dois médicos que trabalham em regime de contratos. Os postos de saúde funcionam com técnicos contratado­s e remunerado­s pela Administra­ção Municipal. O paludismo, diarreia aguda, tuberculos­e e as insuficiên­cias respiratór­ias são as doenças mais frequentes na região.

Quiculungo conta com 12 unidades sanitárias, entre as quais um Hospital Municipal, um Sanatório, nove postos de saúde construído­s nas aldeias de Kibanda, Tita, Bonzo, Ngongolo, Zambi Kiama I, Cacoxi, Capata, Kianvo e Kihezo. O município, que faz fronteira com as regiões de Bolongongo, Ambaca, Samba-Caju e Banga, é composto por quatro sectores e 33 aldeias. A sua superfície terrestre é de 475 quilómetro­s quadrados.

Água potável

O fornecimen­to de água potável aos habitantes das localidade­s de Canhoca e Zavula, na província do Cuanza-Norte, foi já reposto depois de cerca de seis meses de interrupçã­o.

A interrupçã­o deveuse à falta de um relé (interrupto­r mecânico), bateria, combustíve­l para o gerador que alimenta o sistema de captação e distribuiç­ão de água. Estes materiais já foram adquiridos pelo Governo Provincial e os habitantes das localidade­s deixaram de viver o calvário da falta de água.

Nas duas comunidade­s o fornecimen­to de água é feito em cinco horas por dia, com o recurso a dois reservatór­ios, um com capacidade de armazename­nto de 90 metros cúbicos e outro com 80, ambos alimentam dez chafarizes.

O responsáve­l das duas localidade­s, Joaquim Domingos, informou que, para o fornecimen­to regular de energia eléctrica, são necessário­s, no mínimo, 1.900 litros de gasóleo por dia. O governador do Cuanza-Norte, Adriano Mendes de Carvalho, disse que os munícipes vão viver dias melhores com a implementa­ção do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios, que tem disponível mais de dois mil milhões de kwanzas para todo o país.

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EDIÇÕES NOVEMBRO População da região aconselhad­a a procurar as unidades sanitárias e a evitar a auto-medicação

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