Águias defrontam Elefantes mais focadas na consagração
A jornada de hoje, quarto e último dia reservado à disputa dos oitavos-de-final da Taça de África das Nações em futebol, abre às 17h00, com o escaldante Mali-Costa do Marfim, uma disputa entre vizinhos, agora mais convictos das hipóteses de consagração, face aos resultados do final de semana.
Já sem o Egipto na competição, por ter sido eliminado no sábado, contra todas as expectativas, pela África do Sul, depois da queda dos Camarões, detentores do título continental, aos pés da Nigéria, Águias e Elefantes vêm reforçada a ambição de deixar as terras dos faraós como campeões. À partida mais modesta nos objectivos, quanto ao desempenho na prova, a selecção maliana chegou à fase de eliminatória directa como vencedora do Grupo E, com 7 pontos, por força do triunfo (1-0) sobre Angola, em Ismailia, quando o empate apurava ambos os países. Na segunda posição passou a favorita Tunísia, de forma apertada, ao somar três empates, e a série perdeu o lugar nos quatro melhores terceiros classificados. Apoiadas por um número considerável de adeptos, suficiente para alterar a imagem de jogo à porta fechada que o CAN tem tido, excepção feita aos dos Faraós, sempre com casa cheia, as Águias sentem-se mais confiantes na conquista do troféu, por isso estão focadas a cem por cento no apuramento. Gentil e muito cordato no hotel e nos momentos que antecedem aos desafios, num claro contraste com o aspecto formal do treinador de fato e caixa de óculos, que passa no banco, Mohamed Magassouba vai, certamente, apostar nos sete titulares poupados diante de Angola. Deste modo, saem de início Djigui Diarra; Hamari Traore, Youssouf Kone, Molla Wague e Mamadou Fofana; Amadou Haidara, Diadie Samassekou, Lassana Coulibaly e Abdoulay Diaby (cap); Moussa Marega e Moussa Djenepo. Frutos da renovação Candidata natural a ocupar o primeiro degrau do pódio, a Costa do Marfim aborda a competição com um plantel alicerçado num corajoso processo de renovação, na senda do fracasso da defesa do título, na edição passada, e da ausência no Mundial da Rússia.
Serge Aurier, experiente lateral direito, transferido há uma época do PSG de França para o Tottenham de Inglaterra, é o líder do grupo formado por Ibrahim Kamara, com o propósito de regressar ao período de glória assinado sob o comando do francês Hervé Renard, que viu os Leões do Atlas de Marrocos eliminado pelos Esquilos do Benin. A presença do avançado Wilfred Bony passa para os mais novos o espírito competitivo da geração de Boubacar Barry, guarda-redes herói em 2015, na decisão do título, nas grandes penalidades, diante do Ghana; de Didier Drogba, que renunciou à selecção antes do início da caminhada rumo à segunda conquista dos marfinenses, depois do baptismo em 1992, Gervinho, Salomon Kalou, bem como os irmãos Kolo e Yaya Touré. Na versão renova dos Elefantes, a titularidade é confiada a Sylvain Gbohouo; Wonlo Coulibaly, Ismael Traoré, Serge Aurier (cap) e Serge Kanon; Franck Kessié, Jaen Michael Séri, Die Serey e Jonathan Kodjia; Max-Alain Gardel e Nicolas.