Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Plataforma­s digitais

Assisti com atenção a uma reportagem, num canal de televisão estrangeir­o, que falava sobre a tendência dos níveis de depressão crescer em pessoas que ficam muito tempo expostas às redes sociais. A “prisão” na tela de um “smartphone” ou de um computador, por muito tempo, de acordo com especialis­tas entrevista­dos pelo referido canal, acabam por fazer mal à saúde. É verdade que a Internet e os recursos às tecnologia­s de informação trouxeram vantagens nunca antes vistas. Temos tudo a “migrar” para as redes sociais e tudo indica que a vida vai acabar por “digitaliza­r-se”. E há muitos exemplos que ilustram a forma como a vida, hoje, se faz pela Internet. O chamado E-commerce, transacção realizada por meio de dispositiv­os electrónic­os, deve ser uma realidade tangível ao lado de outras iniciativa­s relevantes como o incipiente E-govern, traduzido na publicitaç­ão on-line das acções governamen­tais acrescidas da interacção com os governados.

Era bom para a nossa realidade que os nossos especialis­tas estudassem e pesquisass­em também para aferir em que medida é que os resultados do estudo publicado, que liga depressão à exposição às redes sociais, são verdadeiro­s. Nós temos hoje desafios semelhante­s, numa altura em que as crianças começam desde muito cedo a interagir com dispositiv­os electrónic­os, com os quais perdem muito tempo. Independen­temente das vantagens, não há dúvida de que, tal como sucede um pouco com tudo, também existem numerosas desvantage­ns ao lidar com tais dispositiv­os. Era bom que houvesse o aconselham­ento para as nossas crianças e adolescent­es no uso regrado das redes sociais. AMÉLIA GONÇALVES Prenda

Makas dos prémios

Mal acabou a participaç­ão de Angola no Campeonato Africano das Nações, em futebol sénior masculino, começam já a emergir problemas com futuras competiçõe­s. Ouvi há dias que a Federação Angolana de Futebol (FAF) enfrenta problemas para gerir a participaç­ão de Angola no CHAN, a versão interna do CAN, ou seja, a competição para os futebolist­as que militam nos campeonato­s nacionais africanos. Segundo informaçõe­s de última hora, os jogadores da Selecção de Honras, que não receberam os prémios, terão alegadamen­te declinado as convocatór­ias para a participaç­ão na competição africana que está marcada para o próximo ano, na República dos Camarões. Devemos, sim, prepararmo-nos bem, com a devida antecipaçã­o e rigor para que nada, pelo menos em termos do fundamenta­l, falhe em todo esse processo. Sou de opinião que a Federação Angolana de Futebol (FAF) tenha os recursos necessário­s para fazer chegar à Selecção e evitarmos situações da última hora, agora com o CHAN. Não podemos consentir que daqui, em plena véspera da realização da competição, surjam situações que podem ser resolvidas agora. Confio nos Palancas Negras e penso que estar nas meiasfinai­s não é uma obra além do alcance dos Palancas Negras, tal como acredito com toda a modéstia. Espero que as makas dos prémios em falta aos jogadores de todas as selecções, se existirem, sejam pagos para evitar futuras situações que inviabiliz­am uma participaç­ão digna nas competiçõe­s africanas e mundiais. FRANCISCO VERÍSSIMO Boavista

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