Jornal de Angola

Festival de Poesia e Letras abre as portas ao público

Manuel Rui Monteiro e Ruy Mingas são os primeiros homenagead­os do projecto do Movimento Lev’Arte

- Mário Cohen

A 6ª edição do Festival de Poesia e Letras (FESPOL) começa hoje, às 18h00, na Mediateca de Luanda, com uma homenagem ao escritor Manuel Rui Monteiro e ao músico Ruy Mingas, informou ontem o coordenado­r de marketing do Movimento Lev’Arte, António Sabino.

As homenagens, disse ao Jornal de Angola, começam nesta edição e com estes dois nomes por serem expoentes máximos da literatura e da música angolana, cujos trabalhos têm dado uma amostra da cultura e da identidade nacional.

Nas próximas edições, continuou, o projecto vai continuar a homenagear figuras distintas das artes angolanas, cujos trabalhos tiveram um forte impacto na sua época, ou a posterior, e ajudaram também a enaltecer e a elevar os princípios da cultura angolana.

O festival, que termina no sábado, conta nesta edição com a participaç­ão de vários poetas e declamador­es, com destaque para John Bella, Lewis Drama, Zola Ramos, Gina Sacramento, Bel Neto, Pedro Belgio, Fernando Bonga, Dom Afonso e Yocaniana Cyara.

Além de Luanda, esclareceu, este ano o festival decorre simultanea­mente nas províncias onde o Lev’Arte tem representa­ções, como a Huíla, Cabinda, Bengo, Benguela, nas Lundas Sul e Norte, Cuando Cubango, Namibe, Uíge, assim como na Namíbia e no Brasil.

O objectivo, conta, é divulgar o máximo possível as artes angolanas, em geral, e a literatura, em particular, dando espaço aos criadores cujos trabalhos são referência, assim como aos jovens autores que procuram, com esforço e talento, impor-se no mercado nacional.

O festival, que este ano tem como lema “Arte é Vida”, conta com a parceria da rede de Mediatecas de Angola, da União dos Escritores Angolanos (UEA), Memorial António Agostinho Neto (MAAN), Centro de Imprensa Aníbal de Melo, Brigada Jovem de Artistas Plásticos, Alliance Française de Luanda, Camões, Casa de Cultura Brasil-Angola, Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas (INICC), Ejolimas, Edad Angola e da Refriango.

Como o Lev’Arte também quer conquistar o mercado internacio­nal, como defendeu António Sabino, o movimento realiza também o festival noutros países, como Namíbia ou Brasil, com o intuito de chamar a atenção da sociedade, em particular da comunidade angolana, para a importânci­a do livro e da leitura na formação da nova geração.

Para os três dias, a organizaçã­o preparou diversas actividade­s, além das principais, para atrair mais público, com realce para recitais de poesia, palestras, debates, espectácul­os de humor e teatro, desfiles de moda, seminários, exposições de artes plásticas, concertos de música, projecção de documentár­ios biográfico­s e uma feira do livro.

Entre as projecções de documentár­ios, o destaque vai para aqueles sobre as grandes figuras da literatura nacional, como Agostinho Neto e Alda Lara, ou de um dos maiores nomes da poesia portuguesa, Luís de Camões. Os filmes são exibidos na Mediateca de Luanda.

O festival, revela, serve também para celebrar os 13 anos de existência do Lev’Arte. Para tal, disse, foi preparado o recital de poesia “Lev’Arte é 13”, a realizar-se no King’s Club, na Vila Alice, com a participaç­ão de membros do movimento.

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PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO Autor de “Quem me dera ser Onda” é distinguid­o pelo contributo à literatura nacional

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